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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
No dia-a-dia agitado da sociedade em que vivemos, o nosso estado de espírito altera-se em inúmeras situações de stress.
Ansiedade, medo de falhar, nervosismo, são emoções que em determinados momentos podem prejudicar o nosso desempenho, a nossa postura e consequentemente implicar o fracasso dos objectivos que pretendemos atingir. Por exemplo: uma entrevista para um emprego, uma apresentação de um trabalho ou tese, um exame escolar, um exame de condução, diversas situações no trabalho e outras que nos coloquem sob pressão, trazem sempre alguma agitação uns dias antes, e/ou durante os acontecimentos, que modificam o nosso comportamento.
A questão ficaria resolvida se conseguíssemos dominar essas emoções, conseguindo superá-las interiormente, demonstrando e sentindo uma predisposição completamente oposta. Uma atitude segura e confiante, apesar de não garantir sucesso, iria de certeza fazer com que as coisas corressem melhor.
E aqui e que está o desafio, que é conseguir este domínio sem "criar" úlceras no estômago nem utilizar calmantes naturais ou químicos.
Confesso que admiro aqueles monges tibetanos com uma atitude espectacular perante a vida, que parecem dominar o corpo através da mente. É um facto que apesar de uma vida regrada, disciplinada e sem bens materiais, eles encontram-se a maior parte da vida em retiro espiritual e não estão "envolvidos" numa sociedade ávida de dinheiro, poder, bens de consumo, progresso, desenvolvimento económico, etc... é outra realidade que pode facilitar esse controlo. Mas são humanos como nós e parecem conseguir o tal Auto controlo.
Por outro lado, já na antiguidade os guerreiros espartanos praticavam uma disciplina para dominar o medo que se chamava Phobologia. Eles acreditavam que o medo é gerado no corpo, por isso com um conjunto de 28 exercícios, em pontos específicos dos músculos e sistema nervoso, treinavam afincadamente. Diziam eles que depois de conquistada a carne, a mente seguiria o exemplo e passariam a um estado de Aphobia - ausência de medo (Na minha opinião isto é espectacular).
Resumindo o Homem há muito que tenta dominar a mente, as emoções, os sentidos, transcendendo-se se possível. Existem muitas técnicas milenares que o comprovam. Porém, hoje em dia não há tempo para isto, e as técnicas são substituídas por fármacos que nos dão ânimo para as batalhas do dia-a-dia ou nos acalmam a irritabilidade e nos adormecem à noite. O problema é que criam por vezes dependência o que é uma chatice :( Por isso temos de encontrar em nós métodos próprios de superar estas emoções de uma forma mais natural possível.