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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
O Instituto Nacional de Estatística fez as contas como lhe compete e chegou à brilhante conclusão que o ano de 2006 foi o pior nos últimos 20 anos em termos de taxa de natalidade. Se continuarmos assim seremos um dos países mais envelhecidos do mundo.
Novidades?? A crise económica que se vive há alguns anos no nosso país reflecte-se em muitos aspectos e este é um deles. As pessoas pensam duas, três, dez vezes antes de ter o 1º filho e, muitas vezes, o único. As mulheres adiam a maternidade para cada vez mais tarde, procurando uma estabilidade no emprego e mesmo assim, apesar das leis que as protegem, existe sempre o receio (infelizmente com fundamento) de serem prejudicadas nas respectivas carreiras.
E depois, as pessoas têm a noção da grande responsabilidade que é, e das despesas que terão se lhe quiserem dar o mínimo de conforto, educação e saúde. E por favor não me digam que estes últimos são gratuitos , eu tenho três filhos e sei como é. Os livros, as refeições na escola, os medicamentos, os Pediatras (se quisermos consultas da especialidade, seguindo minimamente os prazos daquelas cadernetas azuis/rosas que nos dão quando as crianças nascem), adicionando as despesas das roupinhas e da alimentação e que se prolongam e aumentam com o crescimento dos miúdos .
Eu já escrevi sobre este tema neste blog (ver post "Políticas de incentivo à natalidade") por isso não me vou alongar mais. Fica apenas uma sugestão cinematográfica. Não foi êxito de bilheteira, mas faz reflectir sobre este tema. "Os filhos do homem" com Clive Owen, Julianne moore, Michael Caine. Está disponível em DVD e, na minha modesta opinião acho que vale a pena.
PS - Lembram-se de há uns anos atrás, em Israel, ter havido um "baby boom" num determinado período que encheu as maternidades. Então resolveram recuar 9 meses atrás e verificaram que tinha coincidido com um período de recolher obrigatório (não estou bem recordado da razão dessa medida), penso que foi devido a uns bombardeamentos. Mas o que de facto aconteceu é que as pessoas tiveram de ir para suas casas bem cedo e o resultado viu-se mais tarde. Se calhar temos de pregar uns sustos ao pessoal :)