Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Ideologia é um modo de pensar a sociedade, um modo de conceber uma forma de organização política e administrativa da sociedade, assente em determinados valores intrínsecos. Assim, procuramos de acordo com a nossa consciência, a ideologia que mais se identifica connosco ou que achamos mais adequada para uma melhor justiça social, um melhor funcionamento dos serviços e instituições do Estado, um controlo maior ou menor, um Estado mais ou menos centralizado, etc.
A ideologia predominante irá conceber uma legislação que irá reger a sociedade. Ora, como o ser humano está em constante evolução, consequentemente, as sociedades onde está integrado também evoluem. Deste modo, a ideologia tem de se adaptar ao desenvolvimento e à actualidade social, cultural e tecnológica para adequar as leis e as normas que devem vigorar.
Se a ideologia for demasiado conservadora corre o risco de ser ultrapassada e inadequada, acabando apenas por adiar uma realidade evidente. Se por outro lado, for progressista demais corre o risco de perder identidade e valores fundamentais que unem a sociedade.
Por tudo isto, a ideologia que deverá vigorar deve ser equilibrada, desenvolvida, actual, aberta, moderada, flexível e adaptável sem perder os valores que lhes estão instituídos.
Não há ideologias perfeitas, nem tão pouco duradouras. O Homem te de reinventá-las e adaptá-las à realidade do momento.
Nesta vida tão agitada
há sempre algo a fazer,
empregos de fachada
trabalhos a doer.
Tarefas e tarefas
umas ingratas, outras por prazer
preenchem o nosso tempo,
dando sentido ao viver.
Os diversos papéis que representamos
têm muitas falas e atos
e se por vezes nos fartamos
temos sempre que "vestir o fato",
arregaçar as mangas, ir à luta
crescer, ser responsável,
o desempenho é uma labuta
que a sociedade requer apresentável.
E quando não nos apetece nada fazer
não mexer uma única palha
surge sempre uma tarefa chata,
Oh! Que Deus me valha.
Mas também é pura verdade
que quando o ócio é ocupação
ficamos inquietos em demasia
e a nossa cabeça exige ação.
Acho interessante quando as pessoas dizem que não querem nada com a política, que estão afastadas, que não acreditam em nenhum político e por isso, ou não votam ou votam em branco. Não posso concordar com esta afirmação. Em primeiro lugar, porque se estamos inseridos numa sociedade, logo estamos inseridos na política, pois é ela que organiza todo o sistema burocrático, legislativo, judicial, etc, dentro da sociedade, quer seja democrática, republicana, monárquica, regime ditatorial, etc.., por isso, ninguém está propriamente afastado da política (a não ser talvez algum eremita).
Em segundo lugar, podemos querer dizer com isto, que não queremos participar na vida política que nos rege, porque estamos desiludidos, mas também aí, não posso concordar, pois se nos afastamos, damos lugar a que outros opinem por nós, falem por nós, decidam por nós. Com isto perdemos a legitimidade de poder criticar algo que acontece devido a determinadas decisões políticas que nos prejudicam, porque simplesmente voltamos as costas. E deixamos que pessoas que tenham poucas competências (quer pessoais, quer profissionais) "trepem" nos vazios de poder que lhes damos. E depois, há ainda o acto de desprezar o voto que, infelizmente, em determinados lugares do planeta é negado à população e pelo qual muitos morrem para obter esta liberdade de expressão numas eleições livres. O voto, na minha opinião, deveria ser obrigatório dado ser um DEVER cívico e, sobretudo, em respeito a todos aqueles que lutaram e lutam pela liberdade.
Deste modo, acho fundamental que as pessoas, num exercício de cidadania, se congreguem segundo as suas ideologias junto dos partidos políticos com que mais se identificam e, se existe algo que está mal, tentem modificá-los por dentro. Há tantos partidos em Portugal actualmente e que são muito abrangentes nas suas mensagens, valores, missões, etc, que de certeza conseguem englobar a grande maioria dos cidadãos, pelo menos reduzir a abstenção a 5% ou 10%. Isto só valorizava a nossa democracia e, talvez, não estivessemos onde estamos.