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Os novos profetas...

por Antonovsky, em 09.03.13

Hoje em dia há a tendência de que quem "interpreta" bem a sociedade são os economistas (os grande gurus, quase roçando os antigos profetas). Não tendo nada contra esta especialização, penso que devemos ir muito para além dos números e dos seus efeitos "causa/consequência", pois há que ter em conta a parte humana, emocional, psicológica e cultural da sociedade que não é mensurável. Por isso, muitas vezes as "tabelas excel", cálculos e formulas não batem certo com a realidade concreta, onde os agentes são PESSOAS que, como todos sabemos, na sua diversidade, para cada acção pode haver diferentes reacções... Se não alargarmos o leque de "interpretação" social, política, económica, etc., vamos sempre necessitar de ajustamentos porque as previsões irão constantemente falhar. Há muita falta de visão a longo, médio prazo e por isso é mais fácil "agarrarem-se" aos frios e infalíveis números e aos seus déspotas, os mercados. 

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publicado às 12:59

Li ontem uma notícia que referia que a venda de automóveis novos em Portugal tinha recuado para valores de 1990. Este facto, mais um devido à crise económica e financeira que o país/europa atravessa, pode a meu ver, contribuir para que todo o esforço de prevenção rodoviária seja em vão.

Explicando melhor, se recuarmos umas décadas atrás, o nosso parque automóvel, na sua maioria, era muito envelhecido e a manutenção descuidada, com revisões "caseiras", peças em segunda mão compradas a sucateiros, conceitos de qualidade e segurança pouco desenvolvidos e assimilados pela sociedade "automobilistica". Ora, no últimos anos apesar das ainda elevadas taxas de sinistralidade, dos excessos constantes e de alguma falta de civismo dos condutores, há que reconhecer que houve uma evolução lenta, mas progressiva neste campo. O parque automóvel melhorou e as revisões (pelo menos durante os dois anos de garantia) são realizadas na marca de origem. Mesmo as oficinas "particulares" são sujeitas a regras mais apertadas e os conceitos de Qualidade de serviços e Segurança, muito mais divulgados e apreciados. Todavia isto paga-se e, se não há dinheiro para investir em carros novos, também a manutenção dos veículos não é tão regular como deveria ser. As revisões vão sendo empurradas para o mês seguinte ou até à inspecção obrigatória. E mesmo assim, ás vezes arrisca-se a ir com o carro à inspecção mesmo sem a revisão efectuada. 

Tudo isto, aliado também a inúmeros veiculos que circulam sem seguro e sem inspecção periódica, devido ao orçamento das familias reverter para outras prioridades, pode pôr em perigo a segurança rodoviária e todos os progressos que têm sido feitos. Aliás se notarem bem, numa qualquer viagem longa que façam, vão ver cada vez mais carros avariados à beira da estrada à espera da assistência. Espero não verem o meu :(  

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publicado às 10:58

A Europa mergulhou numa recessão organizada pela filosofia alemã da “austeridade” (há uma velha tradição na Alemanha de “filosofia da miséria” e de “miséria de filosofia”…) e imposta por uma imperial Merkel, assessorada pelo BCE, FMI e uns tecnocratas neo-liberais bastante ignaros. O desastre é agora evidente e está bem espelhado na estagnação económica do Velho (demasiado velho?) Continente. Como o aponta a revista dos meios económicos franceses L’Expansion. “Le PIB de la Grèce  s’est effondré à 6,4%, suivie par le Portugal en chute de 3,2%, l’Italie de 2,2% et l’Espagne de 1,37%. Il est désormais acquis et reconnu meme par le FMI que les plans d’austérité sont allés trop loin dans la brutalité en enfonçant ces pays dans la récession. L’amélioration de la compétitivité – en clair la baisse des salaires – tarde encore à produire des effets suffisants pour relancer la machine économique et compenser l’effondrement de la demande intérieure. Y compris dans l’Italie de Mario Monti, présentée comme un modèle de réformes économiques. D’autant que ces pays sont encore promis à une nouvelle année de récession en 2013.” Barack Obama tem toda a razão: “A austeridade não é um programa económico”. Devíamos pedir-lhe para vir a Lisboa explicar esta evidência ao pobre do Gaspar e quejandos.

fonte: http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=16608

 

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publicado às 14:13


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