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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Voltei a escrever. Não que tenha deixado de o fazer, apenas não escrevia neste blog há mais de cinco anos. Foi como algo que temos na nossa arrecadação, sótão ou garagem e que redescobrimos entre livros com as folhas amarelecidas e brinquedos velhos cheios de pó que tanto nos entretinham quando éramos crianças.
Não sei porque deixei de escrever aqui, não sei porque voltei agora. Talvez porque tenha encontrado tempo para isso, inspiração ou, porque nestes tempos estranhos que vivemos, lembrei-me deste espaço para exprimir e partilhar algumas ideias e pensamentos.
Por isso, neste post de regresso, quero falar de coisas boas e positivas. Quero lembrar a família, os amigos, os colegas, as pessoas que gostam de nós, que nos apoiam e ajudam no dia-a-dia. Aqueles que sabemos que quando precisamos estão disponíveis, aqueles a quem não necessitamos dizer nada e nos entendem pelas nossas acções, gestos e expressões do rosto, mesmo que nós tentemos disfarçar.
Quero lembrar os pais, as mãos que nos ampararam quando demos os primeiros passos, que nos ajudaram a atravessar as estradas, que nos guiavam pelos passeios, nos abraçavam quando tínhamos pesadelos e cuidavam de nós quando estávamos doentes. Da segurança que nos transmitiam e faziam do nosso mundo, um mundo seguro onde as coisas más acontecem muito longe.
Quero lembrar os irmãos, os primos, os amigos que brincavam e brigavam connosco, discutíamos muito, mas no instante seguinte já estávamos a rir. A bicicleta, a rua, a bola, o bairro, a escola, os joelhos esfolados e os risos desdentados. Algo que agora parece muito distante, mas muito real e presente na memória.
Quero lembrar os colegas que nos ajudam no trabalho, com quem fazemos uma verdadeira equipa, que quando precisamos asseguram o nosso turno, que nos acompanham uma grande parte da nossa vida e enfrentam os mesmos problemas e partilham as mesmas situações.
Quero lembrar as festas com amigos, com a família, os almoços e jantares, os passeios, as viagens, os encontros de antigos alunos onde se recordam as histórias de décadas atrás e nos rimos como se tivessem acontecido ontem.
Quero lembrar aqueles que dão o seu tempo a causas sociais, em associações humanitárias ajudando quem precisa dando um pouco de si. Aqueles que em sociedades recreativas ou clubes amadores, encaminham os jovens para a cultura e o desporto, para uma vida saudável, para um convívio salutar na sociedade. Aqueles que lutam pelo meio ambiente e pela natureza, tantas vezes descurada por todos.
Porquê lembrar isto? Porque enquanto houver amor, amizade, solidariedade, cidadania, entreajuda, há esperança na humanidade. Todos os dias há exemplos deste Lado Bom, em muito maior número que o lado mau, porém, é este último que faz mais ruído, que causa mais impacto e inunda os meios de comunicação social fazendo crer que o caos e o medo impera.
Somos melhor que isso. Vale a pena acreditar. Vale a pena agir. Vale a pena viver.
Ideologia é um modo de pensar a sociedade, um modo de conceber uma forma de organização política e administrativa da sociedade, assente em determinados valores intrínsecos. Assim, procuramos de acordo com a nossa consciência, a ideologia que mais se identifica connosco ou que achamos mais adequada para uma melhor justiça social, um melhor funcionamento dos serviços e instituições do Estado, um controlo maior ou menor, um Estado mais ou menos centralizado, etc.
A ideologia predominante irá conceber uma legislação que irá reger a sociedade. Ora, como o ser humano está em constante evolução, consequentemente, as sociedades onde está integrado também evoluem. Deste modo, a ideologia tem de se adaptar ao desenvolvimento e à actualidade social, cultural e tecnológica para adequar as leis e as normas que devem vigorar.
Se a ideologia for demasiado conservadora corre o risco de ser ultrapassada e inadequada, acabando apenas por adiar uma realidade evidente. Se por outro lado, for progressista demais corre o risco de perder identidade e valores fundamentais que unem a sociedade.
Por tudo isto, a ideologia que deverá vigorar deve ser equilibrada, desenvolvida, actual, aberta, moderada, flexível e adaptável sem perder os valores que lhes estão instituídos.
Não há ideologias perfeitas, nem tão pouco duradouras. O Homem te de reinventá-las e adaptá-las à realidade do momento.
Nesta vida tão agitada
há sempre algo a fazer,
empregos de fachada
trabalhos a doer.
Tarefas e tarefas
umas ingratas, outras por prazer
preenchem o nosso tempo,
dando sentido ao viver.
Os diversos papéis que representamos
têm muitas falas e atos
e se por vezes nos fartamos
temos sempre que "vestir o fato",
arregaçar as mangas, ir à luta
crescer, ser responsável,
o desempenho é uma labuta
que a sociedade requer apresentável.
E quando não nos apetece nada fazer
não mexer uma única palha
surge sempre uma tarefa chata,
Oh! Que Deus me valha.
Mas também é pura verdade
que quando o ócio é ocupação
ficamos inquietos em demasia
e a nossa cabeça exige ação.