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Citações

por Antonovsky, em 14.02.21

"Pensamos que somos livres, que podemos escolher de forma autónoma o nosso destino, os nossos gostos, a maneira de nos vestir ou de nos comportarmos (...) mas somos permanentemente induzidos a adoptar ações, decisões e atitudes. Com crescente subtileza os que decidem em nosso nome impõe-nos formas de vida, modelos sociais e ideologias, de modo a ficarmos submetidos aos seus desígnios. Isto é o que acontece, mais do que nunca, nos dias de hoje, quando entrou na moda a palavra "pós-verdade" para definir o contexto global de desinformação, ainda que na realidade fosse mais correto denominá-lo de "pré-mentira", "multimentira" ou "plurimentira", já que o que chega sobretudo ao público não é mais do que uma falsidade disfarçada de verdade."

Pedro Baños (2017) em "Os Donos do Mundo"

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publicado às 21:23


Os nossos Cavalos de Batalha

por Antonovsky, em 13.02.21

Por vezes estamos tão determinados em fazer ver o nosso ponto de vista, que nos debatemos com determinadas situações que nos desgastam em demasia e que não nos trazem qualquer benefício. Apenas por teimosia ou por vontade de fazer valer as nossas opiniões, perdemos tempo com discussões inúteis e infrutíferas, criando mal-estar com os outros, pondo mesmo em causa relações interpessoais de muito tempo sem qualquer necessidade.
Esses autênticos “cavalos de batalha” que construímos devem ser refreados até ser analisado se o assunto, tema ou situação valerá a pena o esforço. Existem tantas coisas que nos preocupam, que algumas temos de relativizar, caso contrário andamos sempre mal-humorados, em hipervigilância e prontos para responder de forma agressiva. Até porque, cá para nós que ninguém nos ouve, nem sempre temos razão.
Por isso, há que ponderar bem as coisas e analisar se o desgaste, as chatices e as consequências serão inferiores ao benefício que iremos alcançar. Os “cavalos de batalha” trazem custos, por vezes insónias, dores de estômago e irritação constante, devendo ser chamados ao terreno apenas quando o objetivo a alcançar é importante para nós.
Não estou a dizer que nos devemos acomodar ou deixar de opinar, nada disso. Simplesmente, penso que não devemos gastar energias em assuntos de menor importância quando existem muitos outros que nos interessam e que podem contribuir para o nosso bem-estar. Nós podemos ficar com a nossa opinião ou ideia e os outros com as deles, não há necessidade de confronto.
É neste âmbito que surge a tolerância, tentar entender os outros, perceber o porquê dos seus comportamentos e se possível colocarmo-nos no seu lugar. Só que este exercício requer tempo de análise e atualmente não há tempo… para ter tempo. As respostas são imediatas, quase instintivas e sem reflexão e, por isso, surgem discussões, mal-entendidos e saem os cavalos de batalha de cada um para os terrenos, sem necessidade, nem racionalidade, consumindo as energias tão valiosas para outras demandas.
Se o objetivo da maior parte das pessoas é ser feliz, devemos focar-nos no que realmente interessa e aí sim, lutar condignamente, sem receios, com Motivação, com Inteligência, com Competência e a com nossa Força… são estes os nomes dos nossos Cavalos de Batalha que devemos desenvolver, alimentar e poupar para os desafios que são importantes para nós.

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publicado às 18:42


A Gestão do Tempo

por Antonovsky, em 12.02.21

Dizem que o tempo é das coisas mais democráticas do mundo porque é distribuído de igual forma por todos, independentemente da posição social, nacionalidade, ideologia, etc. Mas desconfio que o tempo nos engana e nos faz partidas, talvez ele tenha mesmo mau feitio.

Finge ser constante, mas não é. O tempo tem diferentes ritmos na nossa vida e penso que faz isso propositadamente. Se queremos que passe depressa, ele abranda, se queremos que passe devagar, acelera. Não tenho dúvida disto, pois a grande maioria de nós tem a noção que o tempo passa mais devagar quando somos crianças e queremos crescer, desempenhar a profissão que sonhamos ser, conduzir um automóvel, ter liberdade e autonomia para sair com os amigos. Também na escola quando queríamos que as aulas acabassem rapidamente e começassem as férias e, por vezes, até as férias grandes pareciam muito longas, já para não falar dos dias que antecediam o Natal que eram bem lentos e demorados com as prendas junto à árvore a desafiarem constantemente o nosso espírito aventureiro e engenhoso para abri-las sem os pais saberem.

Mas também todos temos a sensação que o tempo passa depressa demais quando há um trabalho para apresentar num determinado prazo, quando temos um transporte para apanhar, quando o trânsito não nos deixa chegar onde temos de estar a determinadas horas.

Porém, apesar destes exemplos pontuais referidos, acho que a partir de uma determinada idade, os minutos de cada hora encurtam, assim como as horas de cada dia, os dias de cada semana, as semanas de cada mês e os meses de cada ano. Acho que a partir dos vinte cinco, trinta anos o tempo acelera, finta-nos, distrai-nos e envelhece-nos muito depressa. Leva-nos o cabelo ou pinta-o de branco, acrescenta-nos umas rugas e, por vezes, umas cicatrizes, umas delas físicas, outras na alma. Mas também dizem que o tempo é a melhor cura, que tudo suaviza à sua passagem.

Existem cursos de “Gestão do Tempo” em muitas variantes, de modo a permitir que este não nos engane tanto e talvez ajude a compreender porque há pessoas que conseguem fazer muitas coisas num determinado período de tempo e outras não. Penso que terá a ver com a organização, o método, a priorização das tarefas de uma forma lógica que consegue maximizar a eficiência e faz parecer que o tempo estica.

Por tudo isto devemos aproveitar bem o tempo, saboreá-lo como uma boa refeição, estabelecer objetivos de acordo com o que realmente é importante para nós. Não queremos chegar a um determinado período da nossa vida, quando o nosso tempo limite escasseia, olharmos para trás e perguntamo-nos: Porque é que não fiz aquela viagem? Porque não aceitei aquele emprego? Porque não pedi desculpa? Porque não disse o que pensei ou agi como devia?

Ao contrário do que nos parece, o tempo é constante e tem os mesmos minutos, horas, dias, meses e anos há muito, muito… tempo.

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publicado às 17:12


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