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Liberdade de decidir

por Antonovsky, em 04.08.07

Quando somos crianças ou jovens, ansiamos pela maioridade, surgindo como uma fronteira física e palpável que nos dá plenos poderes sobre a nossa vida. A independência das próprias decisões, da própria vontade sem pedir e sem consultar ninguém, apenas se for essa uma opção nossa, está ali ao nosso alcance. 

A sensação que podemos fazer o que queremos a partir daquele ponto de viragem para a idade adulta parece real, basta apenas seguir as leis estabelecidas na sociedade (ás vezes), e o resto nada importa, o problema é nosso, ninguém tem nada a ver com isso.

Só que as coisas não são assim tão simples. Mesmo que com a maioridade venha a independência económica, o que é hoje em dia muito raro, as responsabilidades são cada vez maiores assim como o peso das nossas opções, decisões, escolhas. Vejamos:

Normalmente, depois da independência conquistada aos pais e aos professores, temos o Patrão/Chefe. Se formos ricos e donos de uma empresa teremos a pressão dos accionistas, sócios, parceiros de negócios etc... Dificilmente teremos a liberdade de decidir só pela nossa cabeça.

Entretanto, na vida pessoal se amarmos alguém de verdade, as decisões passarão a ser tomadas a dois e mais tarde se filhos houver também terão de ser levados em conta. É claro que esta parte não nos apercebemos em criança, mas geralmente temos bastante peso nas decisões dos nossos pais, não em questão de opinião, mas na preocupação com o nosso bem estar e segurança. Só nos apercebemos disso quando somos progenitores também.

Deste modo, andamos nesta vida pessoal e laboral, ansiando a maioridade e independência dos nossos filhos e a reforma do trabalho (que cada vez está mais longe) para finalmente podermos gozar a nossa liberdade.

Quando finalmente atingimos a idade da reforma, (se lá chegarmos e ela existir) estamos a um passo de não ter saúde suficiente e nos tornarmos dependentes .... outra vez.

Portanto, fazendo um esforço para me lembrar de um homem completamente livre nas suas decisões...talvez o Tarzan até surgir a Jane na sua vida ou o Robinson Crusoe na sua ilha. :P

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publicado às 21:12


2 comentários

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De daplanicie a 20.08.2007 às 10:41

E assim vamos seguindo, como os burros a quem se pendura uma cenoura à frente e eles lá vão trotando ligeirinhos na esperança vã de lhe poderem fincar o dente... Quem disse que a vida era justa?!
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De Antonovsky a 23.08.2007 às 21:50

Obrigado pelo comentário que é de todo verdadeiro.
:)

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