Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Quando somos crianças ou jovens, ansiamos pela maioridade, surgindo como uma fronteira física e palpável que nos dá plenos poderes sobre a nossa vida. A independência das próprias decisões, da própria vontade sem pedir e sem consultar ninguém, apenas se for essa uma opção nossa, está ali ao nosso alcance.
A sensação que podemos fazer o que queremos a partir daquele ponto de viragem para a idade adulta parece real, basta apenas seguir as leis estabelecidas na sociedade (ás vezes), e o resto nada importa, o problema é nosso, ninguém tem nada a ver com isso.
Só que as coisas não são assim tão simples. Mesmo que com a maioridade venha a independência económica, o que é hoje em dia muito raro, as responsabilidades são cada vez maiores assim como o peso das nossas opções, decisões, escolhas. Vejamos:
Normalmente, depois da independência conquistada aos pais e aos professores, temos o Patrão/Chefe. Se formos ricos e donos de uma empresa teremos a pressão dos accionistas, sócios, parceiros de negócios etc... Dificilmente teremos a liberdade de decidir só pela nossa cabeça.
Entretanto, na vida pessoal se amarmos alguém de verdade, as decisões passarão a ser tomadas a dois e mais tarde se filhos houver também terão de ser levados em conta. É claro que esta parte não nos apercebemos em criança, mas geralmente temos bastante peso nas decisões dos nossos pais, não em questão de opinião, mas na preocupação com o nosso bem estar e segurança. Só nos apercebemos disso quando somos progenitores também.
Deste modo, andamos nesta vida pessoal e laboral, ansiando a maioridade e independência dos nossos filhos e a reforma do trabalho (que cada vez está mais longe) para finalmente podermos gozar a nossa liberdade.
Quando finalmente atingimos a idade da reforma, (se lá chegarmos e ela existir) estamos a um passo de não ter saúde suficiente e nos tornarmos dependentes .... outra vez.
Portanto, fazendo um esforço para me lembrar de um homem completamente livre nas suas decisões...talvez o Tarzan até surgir a Jane na sua vida ou o Robinson Crusoe na sua ilha. :P