Há coisas que me irritam nas pessoas. Pequenos comportamentos, gestos ou comentários que me incomodam e de certeza também incomoda muita gente. Não é que eu longo da minha vida não os tenha feito ou por vezes talvez ainda faça, mas vou tentando melhorar e se estiver mal em determinada situação, agradeço que me digam, pois não levo a mal.
1º exemplo » Quando estamos a ler um jornal, revista, livro ou mesmo no PC e espreitam por cima dos nossos ombros a cuscar o que estamos a fazer. Parecem o nosso patrão/chefe a controlar a ver se nos apanham “em falso”. Não é que as pessoas não sejam amigas, interessadas ou apenas movidas pela curiosidade, mas o que é facto e que irrita.
2.º exemplo » Quando alguém conta uma situação insólita que viveu, há sempre alguém “palpiteiro” que vem com aquela frase que me complica com os nervos: “Se fosse comigo...fazia...acontecia...” (pronto, penso eu, temos herói). As pessoas têm de ver que cada caso é um caso e cada pessoa reage de maneira diferente. Ora, muitas vezes são situações que acontecem de surpresa que nem nós sabemos como iríamos reagir no momento, dependendo do nosso estado de espírito, da nossa personalidade, da própria situação, contexto, local, etc... enfim uma infinidade de coisas, mas quando se ouve alguém a contar é mais fácil avaliar as coisas. É como aquele pessoal que avalia os lances duvidosos no futebol pela TV, várias vezes e em câmara lenta, julgando o árbitro que tem de decidir no exacto momento...é tão fácil.
3º exemplo » Quem não tem um amigo ou conhecido que quando lhe contamos qualquer situação, por mais estranha que seja, também ele passou por alguma semelhante ou mesmo igual? Bolas, será que para esta malta não há novidades, nem surpresas? já viveram tudo e conhecem tudo...que enfadonho.
Estratégias defensivas
1º caso » Utilize um livro, jornal ou revista de cabeça para baixo ou então qualquer coisa chocante no meio das páginas pronta a saltar à vista. No PC, uma janela minimizada pronta a surgir no ecrã com uma “surpresa”. Obviamente terá de escolher a imagem/foto de acordo com a pessoa que vai surpreender para não ofender. Em qualquer dos casos o curioso vai estranhar e vai tecer um qualquer comentário, denunciando que estava a espreitar.
2º caso » A situação pode ser verdadeira, mas invente a sua reacção, por mais estúpida que seja. Surpreenda o “herói”,quando este lhe disser o que faria no seu caso e melhore a sua. Por exemplo: - “pois é, tava a brincar, o que eu fiz foi muito melhor....”
3.º Caso » Invente uma história ou várias e vai ver que ao seu amigo/conhecido já lhe aconteceu o mesmo (tem mais impacto, se estiver com mais malta). Pode ser que quando se aperceber que caiu no ridículo, aprenda a conter-se.
Evite desgastar-se com estas pequenas irritações e tire partido de uma maneira inteligente, cómica e sem ofender, mas que ao mesmo tempo, as pessoas entendam que os seus comportamentos o incomodam. De certeza que se forem seus amigos entenderão, se não forem...