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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Vi uma notícia na TV sobre um novo Reality Show que vai começar na Holanda cujo o prémio final é ... a doação de um rim.
Explicando: existe uma pessoa que tem uma doença que se encontra em fase terminal. Este doente, cuja identidade não será revelada no programa irá doar um rim a um dos três concorrentes, que não são mais que pessoas que estão nas listas de espera oficiais e que irão sujeitar-se a este concurso na esperança de alcançar o tão desejado transplante. O público pode votar, mas a deliberação de quem doa é que conta. A polémica está instalada.
É interessante ver a criatividade das pessoas, quanto mais polémica melhor, porque isso faz as audiências subirem em flecha, o que por sua vez traz sucesso, fama e dinheiro às produtoras e aos canais de televisão.
Eu pergunto-me até onde irá a criatividade...Qualquer dia temos um programa de TV deste género onde, por exemplo, estarão 10 condenados por crimes (os mais graves possíveis e de diferentes tipos), todas as semanas as pessoas votam em quem deverá ser eliminado (não só do concurso...não sei se estão a ver) e no final depois de terem sido "despachados" 9, o grande vencedor terá o cadastro limpo e alguns milhares na carteira ou um emprego para começar de novo...Será um programa muito forte??? Esperem mais uns anos e vão ver o que vai aparecendo no nosso aparelho de TV... Valores? Moral? Humanidade? Consciência? Naaaa...Polémica, audiências, dinheiro... isso sim.
Sou a favor das greves, embora nunca ter feito nenhuma. Mas sou a favor porque é um direito que as pessoas têm em manifestar-se quando não estão de acordo com o rumo dos acontecimentos na sua vida laboral. É um direito num Estado democrático e livre que os cidadãos têm.
Devem ser o último recurso, dado que resultam em perdas para ambos os lados. Do lado dos patrões não há produção e portanto têm prejuízo e do lado dos trabalhadores é menos os dias de greve que recebem no final do mês. Portanto, devem ser bem pensadas e não podem ser tomadas de ânimo leve, devendo-se sempre esgotar a via do diálogo e haver algumas cedências de parte a parte.
É uma medida de pressão que tem mais impacto se houver unidade na classe trabalhadora, dado que é a classe que apesar de mais numerosa é que geralmente é mais fragilizada e prejudicada nos rumos dos acontecimentos. Por isso a velha máxima a "União faz a força" adapta-se e muito nestes casos.
Mas há uma coisa que não concordo, são os chamados PIQUETES. Grupos de trabalhadores que ficam de guarda para não deixar trabalhar quem quiser. Hoje em dia já não se utiliza muito, mas às vezes ainda há alguns casos desses.
Eu sei que deve ser desesperante as pessoas fazerem greve com as suas convicções bem vincadas e com sacrifício do dia de trabalho que se perde e, no entanto, vêm depois os seus colegas trabalhar e assim enfraquecer a sua posição. É verdade que deve ser revoltante, mas também é verdade se estamos num Estado onde há o direito à greve e as pessoas são livres de aderirem, também quem quiser trabalhar tem o direito de o fazer. Nunca se esqueçam disso...viva a liberdade de escolha.
Ponto de situação:
Inúmeras candidaturas à Câmara Municipal de Lisboa fazem com que daqui a pouco o número de candidatos e eleitores é o mesmo. Eu não percebo isto, pois se dizem que a câmara está falida, porque é que há tanta gente que quer ir para lá ?
Hoje ficámos a saber que a margem sul é um deserto que não tem nada, nem infra-estruturas, nem pessoas... Eu francamente não sei de onde vem aquele pessoal que atravessa a ponte 25 de Abril e a Vasco da Gama e que fazem grandes engarrafamentos... Devem ser algarvios que trabalham em Lisboa e deslocam-se todos os dias para a capital, ou é o pessoal de Lisboa que gosta tanto de filas de trânsito que vão dar uma volta à Costa da Caparica e voltam antes do trabalho :P.
Prepara-se também uma greve geral para dia 30 de Maio...Estou ansioso para saber os números da adesão. Deve ser do género: Governo entre 5% a 10% vs Sindicatos entre 80% a 90%... A diferença deve ser mínima como é habitual.
Enfim.. Tasse bem.