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O Despertar de um Guerreiro

por Antonovsky, em 28.08.08

Na fronteira entre o Quénia e a Tanzânia, perto do mítico Kilimanjaro que permanece sempre vigilante sobre a planície, vive a tribo dos Massai.

Esta tribo é muito conhecida para quem segue os documentários realizados pela National Geographic, BBC e outros canais do género. As suas vestes onde predomina o vermelho e outras cores vivas, o porte normalmente magro e altivo dos homens e mulheres e as tradições seculares (como o matrimónio, a iniciação dos jovens do sexo masculino e outras cerimónias do género) que seguem imperturbáveis perante uma civilização que cada vez mais os pressiona, torna-os alvo de admiração e estudo sociológico.

Os Massai são pastores, caçadores e guerreiros e hoje lembrei-me deles pela sua última característica mencionada: GUERREIROS.

Sobreviver em África ao longo dos séculos não é fácil, enfrentando os perigos de tribos rivais, animais selvagens, colonizadores brancos, epidemias, escassez de alimento e água, etc.. Dizem que uma das vantagens que os classifica como exímios guerreiros é a capacidade de despertar de um sono profundo para lutar (atacar ou defender) quase instantaneamente. É impressionante.

Mas hoje tive uma experiência parecida com isto. Esqueci-me de acertar o despertador e quando acordei faltavam apenas 10 minutos para sair de casa. Saltei de um sono profundo, com a claridade do dia a invadir-me o quarto e a anunciar que já devia estar acordado há meia hora. Vesti-me a correr, tomei o pequeno-almoço, lavei os dentes e saí "porta a fora" direito á paragem do autocarro. Passei dos 0 aos 100 com incrível rapidez e lembrei-me da capacidade dos Massai.

Não foi para enfrentar uma tribo rival, nem um leão que atacava o meu gado, foi para enfrentar mais um dia de trabalho...que é mais ou menos parecido.

 

Um abraço, fiquem bem.

 

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publicado às 14:09


A Caixa de Pandora

por Antonovsky, em 26.08.08

Depois do reconhecimento do Kosovo como nação independente da Sérvia, era natural que determinadas regiões no mundo aproveitassem o precedente para declarar a sua independência ou pelo menos manifestar interesse nesse sentido, precisando apenas de arranjar "patrocinadores" que pudessem suportar os seus argumentos perante o mundo e ajudá-los a crescer economicamente e a protegê-los militarmente.

Os dados foram lançados neste ano pelo mundo Ocidental numa aparente (ou não?) acção de justiça para com o povo Kosovar, actuando em terrenos extremamente delicados da política internacional, isolando a Rússia no campo diplomático e castigando ainda a Sérvia pelas suas veleidades dos anos 90.

Não interessa para este post se o Ocidente tinha razão ou não em apoiar a questão do Kosovo, não estudei o problema a fundo e de certeza há razões que nunca irão ser explicadas ao comum dos mortais, embora hajam muitas teorias. A questão fulcral é que "A Caixa de Pandora" foi aberta e a esperança renovou-se em determinadas regiões que aspiravam ser independentes alegando mil e uma razões para tal e tentando arranjar padrinhos para o seu nascimento como Nação. O Kosovo teve os EUA como Padrinho e a UE (nem todos os países) como madrinha. Agora é a vez da Rússia apadrinhar, numa reedição da Guerra Fria, empata o score com a Ossétia do Sul e passa para a frente do marcador com a Abkházia.

Não sei onde isto vai parar, tenho pena dos civis, dos refugiados, dos idosos e crianças que assistem a esta violência e sofrem privações, devido a politiquices de demonstração de poder que deveriam estar fora de moda no século XXI. Aguardaremos por melhores dias.

 

Fiquem bem.

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publicado às 14:16


Exímio matador de moscas

por Antonovsky, em 23.08.08

Ninguém é bom em tudo o que faz, pois há sempre coisas que fazemos melhor que outras. As chamadas competências (skills) são, muitas vezes, aquilo que nos diferencia no mercado de trabalho e por analogia influencia a nossa vida pessoal.

Por vezes, o "jeito" (capacidade/potencial) começa a evidenciar-se nos tenros anos da infância, outras vai-se aperfeiçoando e só se evidencia mais tarde. Estas competências podem ser tanto ao nível físico, por exemplo atletas que se destacam desde pequenos das outras crianças, quer ao nível intelectual cujas capacidades destes alunos são notadas na escola muito para além dos "alunos médios" da sua idade.

Mas eu já nem falo dos génios intelectuais, prémios Nobel, cientistas da NASA, etc..., nem dos génios do desporto, atletas de alta competição, futebolistas-maravilha, etc.. Eu falo das pessoas comuns como EU, que quando chegam à escola têm mais facilidades nos números (Matemática, Física, Química, por ex) ou nas línguas (Português, Francês, Inglês,...), ou aqueles que dominam todas as disciplinas, mas não conseguem se socializar (NERDs), ou ainda aqueles que se socializam como excelentes relações públicas, mas não percebem nada da matéria qual quer que seja.

Há ainda aqueles que não gostam de teoria e têm excelentes capacidades e potencial de desenvolvimento para mecânica, electricidade, serralharia, etc..

Enfim, cada um diferente nas suas características pessoais que irão definir muitas vezes a opção de curso universitário ou profissional e que irá influenciar muito a sua vida futura.

Eu lembrei-me deste assunto, porque quando estive de férias trabalhei muito em coisas que muitas pessoas aproveitam para fazer quando estão de férias, como por exemplo: pinturas (interiores/exteriores), trabalho de construção (fixar uma churrasqueira), serralharia (arranjar o portão de entrada), carpintaria (lixar uma mesa e por Bondex, fazer uma pequena estante) jardinagem (podar, cortar, limpar) 1.  E é triste chegar á conclusão que há coisas que eu não tenho jeito nenhum. Lá vou desenrascando-me aqui, "aldrabando" ali, fazendo o melhor que posso, mas sei que não fica como deveria ficar.

Porém, há uma coisa que sou mesmo bom: Matar moscas. Não sei onde me aperfeiçoei ou se nasci com esta aptidão, mas de facto mato-as com o "mata-moscas" com subtileza sem as esmagar, apenas com a força suficiente para as deixar incapacitadas e depois já no chão dou-lhes o "tiro" de misericórdia. Também tenho bastante sucesso a apanhá-las com a mão, sou rápido e antecipo-lhes o voo. Agora tenho-me aperfeiçoado a matá-las no ar, como um tenista que faz o seu serviço a 200 km/h.

Um espectáculo... é pena que não tenha sido uma capacidade nata para jogar futebol e tudo seria diferente, assim, com esta competência de Exímio Matador de Moscas, não vou a lado nenhum.

 

1 - Não fiz todas as tarefas das férias mencionadas no post, são apenas exemplos. Se tivesse de fazer todas, com o jeito que tenho, precisava de mais dois meses de férias.

 

PS - Não liguem aos últimos dois parágrafos de "non-sense", mas ás vezes temos de escrever umas coisas mais disparatadas no meio de assuntos sérios, para descontrair, senão ficava um blog muito pesadão.

 

Um abraço

 

PS2 - Mas de facto sou bom a matar moscas....

 

 

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publicado às 19:51

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