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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Tenho a certeza que muitas pessoas já receberam aqueles telefonemas do género:
- É o Sr. ***** ? Pode vir buscar o seu prémio das 14:00 às 22:00 no Hotel Estrelinha (por exemplo).
Ou então:
- Ganhou um fim-de-semana c/ meia pensão num hotel no Algarve, venha buscar o seu voucher....Blá, blá, blá...
Como depois vamos a saber, acaba por ser um "engodo" para que as pessoas se desloquem ao local combinado, para serem recebidas por simpáticos vendedores de produtos extraordinários, com promoções e oportunidades únicas que irão testar a resistência pelo cansaço dos potenciais clientes "pescados" por telefone, com sessões de demonstração/ esclarecimento que podem chegar a duas horas ou mais.
Por outro lado, as pessoas por educação muitas vezes vão assistindo àquilo e assimilando a pouco e pouco a ideia de que o produto é realmente bom e algumas vezes fazem os negócios/contratos sem se aperceber do tipo de Marketing agressivo e manipulador de que estão a ser alvo.
Porém, muitos que não se fazem clientes e têm direito ao tal prémio prometido, geralmente um fim de semana num hotel junto à praia, que está tão condicionado à partida, que nunca irá dar jeito às pessoas poder usufruí-lo. Ou seja, há sempre lucro neste tipo de abordagem, pois mesmo que em cada 10 contactos, apenas um ou dois sejam influenciados a adquirir o produto, deve chegar para colmatar o investimento.
Há ainda outro tipo de "semi-burla", (perdão..queria dizer marketing/publicidade), que são as excursões organizadas a locais muito interessantes, mas onde está contemplado no programa do passeio turístico, uma sessão de "ensaboadela", (perdão, queria dizer esclarecimento / demonstração) sobre determinados produtos ou serviços que são impingidos e que levam as pessoas a comprar sem ter, muitas vezes, necessidade deles. Revolta-me ainda mais, quando são pessoas reformadas que até têm poucos rendimentos e que se "deixam levar" pela simpática e aliciante conversa dos vendedores e de repente se vêm endividados. É triste a falta de bom senso e até mesmo de escrúpulos nestes esquemas.
Eu confesso que também caí uma vez na "tanga" do telefone, embora não tenha adquirido qualquer serviço, privei-me de mais de uma hora da minha vida a ouvir balelas, para receber um prémio que não serve para nada.
Depois disso passei a rejeitar educadamente todos os telefonemas relativos a vendas (alguns são insistentes e chatos e temos de ser mais firmes na rejeição). Agora desde que mudei para aquelas operadoras que têm Net, Telefone e TV, o meu número foi alterado e pedi confidencialidade, tem sido um sossego. No entanto, também é preciso ter atenção no preenchimento de determinados cupões ou formulários que podem ser utilizados para fins publicitários, pois se eles descobrem o novamente o número lá tenho outra vez alguém do outro lado da linha a oferecer-me coisas... LOL
Fiquem bem.
Há umas semanas atrás Portugal ficou suspenso aguardando o desfecho de um assalto mal sucedido numa agência bancária. Este assalto envolveu uma situação de reféns digna de um filme policial americano, cujo final também se assemelhou com estas películas onde os polícias são eficazes, os ladrões dominados e os reféns libertados incólumes.
No entanto, passado este tempo, vem a parte que os filmes não mostram. A burocracia, a papelada, o julgamento, as várias versões de uma só história e acima de tudo o jornalismo sensacionalista/oportunista que tenta explorar à exaustão estes assuntos sem olhar à sensibilidade das pessoas envolvidas, famílias e tudo o resto.
Este tipo de jornalismo tem o objectivo de "vender" uma história que se arraste por vários capítulos e com o maior número de personagens possível (quanto mais, melhor) e com muita polémica à mistura. Se não a houver, inventa-se, levantam-se "lebres" e esperam-se reacções, para poder escrever mais e explorar o filão à custa das desgraças alheias.
Parece haver aqui algum aspecto mórbido que não sei explicar. Penso que se trata de "apalpar" o pulso á opinião pública. Os factos são descritos e empolados para um lado ou para o outro, conforme as marés e o feed-back recolhido. Por vezes os "maus" são os polícias, outras os bandidos, por vezes as vitimas são os agredidos, outras os "desgraçados" dos infractores que não tinham outra alternativa de vida...
Não falo do caso do assalto ao BES em concreto, aqui o tema do post é mesmo jornalismo sensacionalista que assistimos em casos como o escândalo da Casa Pia, o caso da Moderna, as fraudes de Vale e Azevedo, o desaparecimento de Maddie, o poder parternal de Esmeralda, etc, etc, irrita-me a maneira como os casos são explorados com o objectivo de melhorar as audiências sem ter em conta os "danos colaterais" para todos os envolvidos, e não apenas de informar os factos conhecidos, verídicos e confirmados.
Por tudo isto, peço isenção e honestidade. Não queria chegar ao extremo de assistir às notícias na TV ou ler um jornal com uma folha à frente onde vou assinalando com uma cruz em cada tópico, (V) Verdadeiro ou (F) Falso.
Talvez tenha exagerado, mas detesto aquelas perguntas que fazem ás pessoas que acabam de ter uma desgraça na sua vida, do género: - Como se sente? Para captar a emoção, o choro, a raiva, enfim tudo o que mexe com os sentimentos, não para informar, mas para valorizar a peça jornalística.
Fiquem bem, Um Abraço
Caros amigos,
há algum tempo que não escrevia neste singela página, mas tive as minhas razões: primeiro, porque tive férias três semanas e segundo, porque precisava de descansar das férias.
Não sei se lhes acontece o mesmo, mas muitas vezes voltamos ao trabalho com a sensação de estarmos mais cansados do que quando fomos de férias. Mas isto é apenas um aparte, o principal assunto vem no parágrafo seguinte.
Actualmente está a decorrer um evento com projecção mundial denominado Jogos Olímpicos, são quinze dias em que estão reunidos os melhores atletas do mundo, nas mais diversas modalidades e onde se espera que tentem dar o seu melhor pelo seu país, por eles próprios e pelo espectáculo.
Eu, como sempre gostei de seguir atentamente os resultados, tenho estado atento ao que se passa, apesar de não assistir em directo pela TV, dado a diferença horária ser muito grande. No entanto, de manhã vou logo consultar os resultados nos sites da internet para satisfazer a curiosidade se algum recorde mundial foi batido, se algum atleta se destacou na sua modalidade ou realizou algum feito histórico e, para além disto saber as prestações dos nossos atletas nas diversas modalidades em que participam.
No que respeita aos atletas que se destacaram não podia deixar de referir entre outros, Michael Phelps com as suas medalhas e recordes e o espectacular Jamaicano voador Usain Bolt que venceu os 100m com recorde do mundo. Mas muitos outros merecem pelo esforço que fizeram por chegar ali, pelos recordes nacionais e pessoais que conseguem superar, sinónimo de empenho e dedicação. Há ainda outros que não são bafejados pela sorte, que é sempre uma condicionante a ter em conta em tudo o que é relacionado com jogos e competição, e que ficam aquém das expectativas.
Porém, quando um país é representado pela maior comitiva olímpica de todos os tempos, com atletas que se sagraram campeões na sua modalidade, é legitimo que as expectativas de ganhar umas medalhitas aumentem, mesmo para um país pequeno como o nosso. Ora, infelizmente as coisas não têm corrido da melhor maneira, alguns dos nossos candidatos ao pódio ficam pelo caminho com registos muito inferiores ao seus. Pode haver muitas razões e justificações plausíveis que têm sido apontadas, mas há algumas que jamais podem existir a este nível. Alta competição exige preparação física com muitas horas de treino e sacrifício, mas também exige preparação psicológica e maturidade, só com este conjunto de factores é que surgem os atletas completos.
Se compararmos com o futebol (mais uma vez, mas toda a gente o faz) e apesar dos salários, apoios, condições que os jogadores têm, há muitos casos de futebolistas que têm muito "jeito", mas que por falta de maturidade e/ou preparação psicológica ficam-se por carreiras mediocres. É o que está a acontecer a muito dos nossos atletas, têm "jeito", têm registos olímpicos, mas quebram psicologicamente como se carregassem o peso de uma nação que os pressiona ao sucesso. Deve vir tudo à cabeça destes atletas, a familia, os amigos, as pessoas que estão a ver na TV, pensamentos como: "não posso fazer má figura", "tenho de ser capaz" são meio caminho andado para o bloqueio, para a dúvida das suas potencialidades.
Deveriam pensar: Eu já fiz isto centenas de vezes. É apenas mais uma vez. VOU CONSEGUIR, No Problem.
Fiquem bem, Um abraço.