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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Um, dois ,três PECs que foram implementados e um quarto pronto para ser discutido... ou não!! Vamos ver o que isto dá, mas não augura nada de bom.
Vêm aí mais medidas duras e a população está descontente com a situação económica e com os políticos. Mas o que é um facto é que o país está sem financiamento e quem fornece esse bem tão precioso (ou seja $$$$$), exige contrapartidas ao devedor. É assim com os particulares, é assim com as empresas e assim é com os países.
Dá-me a sensação que estas medidas se fossem explicadas desde sempre de uma forma clarificante e verdadeira, talvez fossem acolhidas de maneira diferente. No entanto, as coisas parecem que funcionam mal e os jogos políticos fazem fracassar qualquer tentativa honesta de expor as coisas, e mesmo que ela acontecesse, as pessoas não acreditariam porque já estão tão fartas de ouvir coisas que mais tarde não correspondem à realidade.
Não vou falar de competência do Governo ou dos partidos da oposição, nem tão pouco de como chegamos a este patamar tão alto de endividamento (cujas responsabilidades devem ser divididas por todos nós) não só porque os políticos portugueses são pessoas que saem do povo português (não são extraterrestres), não só porque fomos nós que os elegemos desde 1974 e, claro, também temos responsabilidades consumistas no nosso endividamento particular.
Em primeiro lugar, quero solicitar a todos os políticos uma palavra de VERDADE, mesmo que seja dura, mas que nos digam a realidade, qual o tamanho do "buraco" e como o podemos tapar. Sem subterfúgios, nem palavrinhas mansas, nem jogos políticos. A verdade pura e dura.
Em segundo lugar, apelar ao bom senso e à moral de transmitir o exemplo de boa governação aplicando os cortes necessários que se possam fazer na máquina estatal, para que as pessoas notem que há boa vontade e que há coerência. Demonstrando que não há privilegiados.
Em terceiro lugar, políticas estruturantes e reformistas que tragam as melhorias necessárias através de uma liderança forte, firme e coerente em que as pessoas acreditem. Para tal há que estabelecer uma nova estratégia de informação à população ao invés de comunicados aos solavancos, desmentidos, aproveitamentos da comunicação social, da oposição, enfim... Uma diversão para os media, uma confusão para nós.