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2012 em duas palavras: Apreensão e crença

por Antonovsky, em 31.12.11

Porque ficamos contentes por passar o ano? Nunca percebi qual a razão, a não ser, claro, estar perto de quem gostamos e arranjar um pretexto para festejar... "Party all night long". Mas isso pode ser feito em qualquer altura do ano, basta haver disponibilidade temporal e financeira, assim como, companheiros prontos para a farra. De resto, na "passagem de ano" sobra apenas a nostalgia do que passou, todas as alegrias e tristezas, todas as expectativas defraudadas ou atingidas, todas as lágrimas e todos os risos, os bons e os maus momentos que terminam às 23:59:59 e iniciam outro ciclo às 00:00:01. Uns segundos que levam ao êxtase milhares de pessoas por terem conseguido "fechar" o balanço do ano velho e iniciar o novo com felicidade. Isso é bom, não contesto. Eu também festejo as passagens de ano com família ou amigos, mas fico sempre apreensivo no que o futuro nos reserva. Os aumentos que esse novo ano traz, são sempre das nossas despesas (agua, luz, gás, combustíveis, impostos, etc...) para não falar que vamos ficar um ano mais velhos.

Mas pronto, é da praxe ficarmos alegres, bem dispostos, com um copo na mão, umas passas na boca, subir a uma cadeira, bater em tachos e panelas, deitar coisas velhas fora, estrear alguma peça de roupa (nomeadamente azul, não sei porquê) e mais outras tradições que não sei, nem me lembro.

Eu penso que me irei divertir com o grupo de amigos que reuni este ano, mas sei que no meu subconsciente fico apreensivo com meu futuro e o da minha familia, acho que deve acontecer com muitas pessoas actualmente. Porém, também devo dizer que sou positivo e acredito que podemos superar os obstáculos e vencer as dificuldades, encher o novo ano com alegria e esperança de que melhores dias virão.  

Seja como for desejo a todos um excelente ano de 2012 com todos os ingredientes recomendados nestas alturas festivas: saúde, paz, amor, etc, etc... e dinheiro para gastos :) Bem hajam.

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publicado às 12:47


Confiança e Amizade...

por Antonovsky, em 30.12.11

Hoje em dia é cada vez mais dificil confiar nas outras pessoas. Ter boa fé logo à partida quando se conhece alguém, ou até mesmo já passado algum tempo de convívio há sempre reservas e barreiras que permanecem e  impedem de saber até que ponto se pode falar de coisas pessoais e partilhar alguma intimidade.

Isto é resultado da sociedade actual que nos brinda com desilusões/decepções ao longo da nossa experiência de vida e que nos transforma cada vez mais a personalidade para um estado mais fechado em nós mesmos e com "armaduras" inexpugnáveis.

Será boa essa nossa defesa? No aspecto em que nos protege mais emocionalmente de dissabores pode-se dizer que é positiva. Mas viver sempre com receio de confiar, de partilhar, acho que nos torna cada vez mais cinzentos e tristes com "caixas" de histórias por contar e muitas vezes mal resolvidas que deveríamos libertar e não temos ninguém em que confiar porque afastamos as pessoas com as nossas defesas...fica-se com um peso na alma e uma angústia que nos consome.

Solução?  Encontrar bons amigos e estimá-los ao longo do tempo com reciprocidade e respeito, com amizade e franqueza, não os desiludindo e a pouco e pouco as barreiras caem e as coisas tornam-se mais claras e simples.

Esta é a minha ideia e desafio para um ponto de esforço para todos neste ano que vai entar. 

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publicado às 10:10


Assumir responsabilidades...

por Antonovsky, em 29.12.11

Hoje em dia as pessoas tentam cada vez mais desresponsabilizar-se das suas acções.  Tudo tem uma explicação externa e a culpa é diluída por outros agentes/factores e raramente, ou nunca, é assumida por quem faz ou toma as atitudes menos correctas. Ou porque tiveram azar, ou porque o governo não lhes dá oportunidades, ou porque tiveram uma infância infeliz, ou porque os outros é que os levaram a tomar certas medidas etc... Tudo isto bem argumentado pode dar desculpas para uma infinidade de acções que as pessoas tomam por vezes de ânimo leve, porque na sua consciência são "obrigadas" a isso, devido aos "factores externos".

Ora, se tivessemos a falar de crianças ou jovens, até poderíamos desculpar ou compreender que o instinto de "sobrevivência" e de defesa leva a que tentem escapar aos castigos/punições por parte dos pais, encarregados de educação, professores, educadores etc.. e como tal argumentam tudo o que lhes vem à cabeça para se "safarem". Mas infelizmente não,  estou a falar de adultos de várias idades, de diferentes camadas sociais, que se justificam da mesma forma.

Eu acho que há um primeiro momento em que se tem consciência do erro, mas que depois um mecanismo de autodefesa que é introduzido pela nossa experiência social, começa a justificar a acção, por exemplo: "não devia ter feito aquilo, mas também os outros fazem..." ou então "estou arrependido, mas o que é que eu poderia fazer não tinha alternativa..." ou ainda "que se lixe, se não fosse eu era outro..." ou pior  "Se não fizesse isto ainda me chamavam de parvo..." e depois interiorizamos de tal forma isto que acreditamos que a nossa acção é correcta  e que estamos cheios de razão.

Eu sugiro que as pessoas assumam as suas acções, não só aqueles que detêm cargos de responsabilidade (o que seria muito bom para a sua própria credibilidade), como os comuns cidadãos que circulam e interagem na sociedade. Se assim for, concerteza que as coisas serão muito mais transparentes, bem definidas e com muito menos mal-entendidos.  

Da minha parte, se erro e dou por isso, peço desculpa e digo mea culpa. Não há problema nenhum, é normal errarmos de vez em quando. Mas também se faço algo de bom gosto que me felicitem e me dêm mérito por isso. Ou seja, o assumir os nossos comportamentos tem de funcionar para o bom e o mau e não só para o lado mais conveniente. 

A imperfeição faz parte da nossa condição humana, cabe a nós próprios corrigir o que fazemos mal e tentar melhorar.

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publicado às 10:03

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