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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Vai ser um ano difícil "financeiramente" para as famílias. Consequentemente, irão surgir problemas sociais e alguns casos dramáticos particulares (talvez muitos mesmo). O espírito de entreajuda deverá, se possível, aumentar, principalmente com os que estão mais próximos. Esta é uma das maneiras que poderá suavizar os efeitos devastadores desta crise: associativismo, movimentos cívicos, cidadania activa, voluntariado, etc... para colmatar tudo aquilo que o Estado cobra a dobrar, mas que não dá de forma suficiente e que não chega a todos.
Passamos de um Estado de Solidariedade Social para um Estado de Caridade, vemos instituições a emergir novamente com um papel fundamental na sociedade hoje em dia. Não que alguma vez tivessem abandonado o seu papel, mas que actualmente vêm os seus serviços a serem requisitados por muito mais pessoas que não contavam há uns tempos atrás, complementando, na medida do possível, as falhas do sistema.
Vai ser um ano difícil, para os desempregados que ficam sem subsídios, para as empresas que têm de fechar portas, para os trabalhadores que ficam com os seus salários mais curtos e que dificilmente chegam para as despesas de transporte, alimentação, casa, água, luz, gás, etc, etc., para os reformados que também são afectados pelos cortes nas suas pensões.
A população jovem activa sempre que tem uma oportunidade emigra em busca de melhor nível de vida, a população encontra-se envelhecida, há cada vez menos nascimentos, pois tudo tem de ser bem planeado e a vinda dos filhos é, obviamente, adiada. Se este ano houvesse novamente censos, quase de certeza que a evolução da população total em Portugal nestes dois anos (2011-2013) seria negativa.
No entanto, continuo a ter esperança no povo português. Acredito que iremos conseguir superar mais esta crise numa história tão rica em crises como a do nosso país. Acredito na nossa força de carácter, no nosso empreendedorismo (nova forma de dizer espírito aventureiro que gosta de arriscar), nas nossas capacidades de luta, de trabalho, até mesmo de sobrevivência, que nos tem mantido ao longo de mais de oito séculos e meio de história.
Venha de lá mais esse desafio chamado 2013.