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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Hoje em dia há a tendência de que quem "interpreta" bem a sociedade são os economistas (os grande gurus, quase roçando os antigos profetas). Não tendo nada contra esta especialização, penso que devemos ir muito para além dos números e dos seus efeitos "causa/consequência", pois há que ter em conta a parte humana, emocional, psicológica e cultural da sociedade que não é mensurável. Por isso, muitas vezes as "tabelas excel", cálculos e formulas não batem certo com a realidade concreta, onde os agentes são PESSOAS que, como todos sabemos, na sua diversidade, para cada acção pode haver diferentes reacções... Se não alargarmos o leque de "interpretação" social, política, económica, etc., vamos sempre necessitar de ajustamentos porque as previsões irão constantemente falhar. Há muita falta de visão a longo, médio prazo e por isso é mais fácil "agarrarem-se" aos frios e infalíveis números e aos seus déspotas, os mercados.