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1º, 2º e 3º Mundo...

por Antonovsky, em 26.03.13

Sempre se ouviu falar dos países do terceiro mundo. Não sei quem inventou esta expressão, (talvez deveria ter investigado) mas há muito tempo que serve para designar os países subdesenvolvidos e que se encontram com grandes dificuldades de subsistência, de manutenção da paz ou mesmo guerra declarada, falta de serviços médicos e humanitários, etc.

No entanto, quando se fala num terceiro mundo, logo está implícito que deverá haver, pelo menos, o primeiro e o segundo, pois não podemos saltar logo para o terceiro numa qualquer contagem numérica. Assim, dentro da lógica imposta, o primeiro mundo deverá ser constituído pelos países desenvolvidos e o segundo com os países em vias de desenvolvimento ou chamados emergentes, numa linguagem mais actual.

Todavia, com a globalização económica há uma passagem de um livro que não deixa de ser muito interessante e deveras bem observado que resume, de uma forma muito leve, que a sociedade de um qualquer país no mundo, hoje em dia, é composta com os vários níveis de desenvolvimento desta escala. Como se houvesse uma representação de cada "mundo" dentro de cada país. Parece confuso, mas não é de todo, vejamos:

"Acresce que, por uma espécie de efeito paradoxal que se deve à globalização económica, o terceiro e o segundo mundos encontram-se, também, no interior do primeiro mundo em guetos urbanos e suburbanos muito perigosos, enquanto o primeiro mundo se encontra nos terceiro e segundo em condomínios urbanos altamente fortificados." (António Covas, 2011). Ou seja, esta estratificação dos países se encontra representada dentro das sociedades de uma forma vincada pela própria globalização.

Porém, com as mudanças socio-politico-economicas neste paradigma mundial actual, há países que poderão descer ou subir nestes níveis de gradação ao mesmo tempo que as próprias populações se movem dentro destes níveis de classes sociais, normalmente associados à classe alta, média e baixa. Na Europa, principalmente nos países intervencionados pela denominada "troika" assiste-se ao alongar da distancia entre a classe alta e a classe baixa, perdendo grande parte da população o estatuto "médio"/em vias de desenvolvimento, dado que os acessos à educação,à saúde, ao emprego, etc, são cada vez mais difíceis, acentuando a clivagem social. Vamos ver se a situação se inverte, o que me parece pouco provável nos próximos tempos na UE. 

 

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publicado às 14:16


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