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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Hoje em dia toda a gente dá a sua opinião acerca de tudo e mais alguma coisa: criminalidade, economia, política, desporto, saúde, educação, etc... É importante que assim seja, pois estamos num país livre e faz bem expressarmo-nos, desde que não passemos dos limites e ,de alguma maneira, invadir o espaço e a privacidade dos outros.
Mas se a categoria desporto é muito abrangente e aceitável a discussão dos jogos, das performances dos atletas, dos arbitros, o mesmo já não se pode dizer de economia pura e de regras do mercado liberal.
No entanto, com esta crise económica era interessante ver e ouvir a pessoas nas ruas, nos cafés, no metro, no trabalho, a opinar sobre a alavacagem do bancos, o crédito mal parado, as taxas que deviam descer, as empresas que iam fechar, desemprego e todas as consequências que advinham desta catastrofe financeira. Pessoas das mais variadas classes sociais, idades e profissões acabam por "discutir" temas que, se não fosse a comunicação social, os comentadores nas televisões, jornais e rádios, passariam completamente ao lado.
Daí a importância da comunicação social, da mensagem que é transmitida ao público e que pode provocar comportamentos não desejáveis em tempos de crise. Por exemplo: se houvesse um alarmismo excessivo, poderia provocar uma corrida aos bancos por parte das pessoas para "levantar" o seu dinheiro com "pânico" de o perder para sempre. Por outro lado, se a notícia for transmitida de forma optimista demais, pode provocar displicência no público, não tomando medidas necessárias para precaver o seu endividamento excessivo ou investimentos de risco.
Por isto tudo, exige-se bons comentadores, especialistas nas áreas que são abordadas. No mais recente caso foi a economia, mas também noutras que sejam relevantes para o momento informativo, psicologia, criminalidade, sociologia, etc.., e ,sempre que possível, dos diferentes quadrantes partidários, de modo a garantir um pluralismo informativo com diferentes perspectivas.
Em Portugal temos bons quadros superiores especializados, quer na vida prática activa, quer na vida académica e teórica que estão devidamente actualizados com as realidades globais e que podem transmitir às pessoas, com os seus comentários elucidativos, a mensagem de uma forma simples para que todos possam perceber e ter... a sua opinião.
Fiquem bem.