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Opinion makers...

por Antonovsky, em 22.10.08

Hoje em dia toda a gente dá a sua opinião acerca de tudo e mais alguma coisa: criminalidade, economia, política, desporto, saúde, educação, etc... É importante que assim seja, pois estamos num país livre e faz bem expressarmo-nos, desde que não passemos dos limites e ,de alguma maneira, invadir o espaço e a privacidade dos outros.

Mas se a categoria desporto é muito abrangente e aceitável a discussão dos jogos, das performances dos atletas, dos arbitros, o mesmo já não se pode dizer de economia pura e de regras do mercado liberal.

No entanto, com esta crise económica era interessante ver e ouvir a pessoas nas ruas, nos cafés, no metro, no trabalho, a opinar sobre a alavacagem do bancos, o crédito mal parado, as taxas que deviam descer, as empresas que iam fechar, desemprego e todas as consequências que advinham desta catastrofe financeira.  Pessoas das mais variadas classes sociais, idades e profissões acabam por "discutir" temas que, se não fosse a comunicação social, os comentadores nas televisões, jornais e rádios, passariam completamente ao lado.

Daí a importância da comunicação social, da mensagem que é transmitida ao público e que pode provocar comportamentos não desejáveis em tempos de crise. Por exemplo: se houvesse um alarmismo excessivo, poderia provocar uma corrida aos bancos por parte das pessoas para "levantar" o seu dinheiro com "pânico" de o perder para sempre. Por outro lado, se a notícia for transmitida de forma optimista demais, pode provocar displicência no público, não tomando medidas necessárias para precaver o seu endividamento excessivo ou investimentos de risco.

Por isto tudo, exige-se bons comentadores, especialistas nas áreas que são abordadas. No mais recente caso foi a economia, mas também noutras que sejam relevantes para o momento informativo, psicologia, criminalidade, sociologia, etc.., e ,sempre que possível, dos diferentes quadrantes partidários, de modo a garantir um pluralismo informativo com diferentes perspectivas. 

Em Portugal temos bons quadros superiores especializados, quer na vida prática activa, quer na vida académica e teórica que estão devidamente actualizados com as realidades globais e que podem transmitir às pessoas, com os seus comentários elucidativos, a mensagem de uma forma simples para que todos possam perceber e ter... a sua opinião.

 

Fiquem bem.

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publicado às 10:23


4 comentários

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De daplanicie a 17.11.2008 às 13:07

O pior é que muitos falam com tal palavreado que ficamos a ver navios. Quem não entendia ainda fica mais confuso... :-)
Cumprimentos
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De Antonovsky a 08.01.2009 às 13:34

Isso é uma grande verdade, alguns comentadores falam de uma maneira "especifica" demais para o público em geral. Mas o que eu não posso mesmo é com os jornalistas/pivots a interromperem sistematicamente os entrevistados quase não os deixando falar. :(

Cumprimentos
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De Natalia a 05.01.2009 às 14:16

Olá! Parabéns pelo blog!
Dizes que em Portugal há bons quadros especializados. Que bom! Pois se no Brasil há, está difícil encontrar!
Aqui, observa-se que as pessoas nas ruas, apenas reproduzem fragmentos de informações passadas pela mídia, somados às suas pré-concepções arraigadas. Enquanto que a mídia, por sua vez, provém com informações já interpretadas, quando deveria ser mais imparcial. Já os acadêmicos não fazem muito diferente, apenas são conduzidos por outras convenções.
Especialmente, quanto à crise econômica, é melhor abrir o olho em relação às informações que circulam por aí. Afinal, crise é crise para alguns e oportunidade de ganhos para outros.
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De Antonovsky a 08.01.2009 às 13:40

Aqui também não é muito diferente, pois mesmo que os comentadores sejam esclarecidos e tenham um bom poder de oratória, as informações vinculadas nem sempre são as mais realistas, mas sim aquelas que os média acham que causa maior impacto na opinião publica, para vender mais, para ter mais audiências.
O mesmo acontecimento pode ser sempre noticiado por diferentes perspectivas e assim manipular os "sentimentos/opiniões/reacções" do povão.
Obrigado pelo comentário.

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