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Uma questão de participação

por Antonovsky, em 12.04.13

Acho interessante quando as pessoas dizem que não querem nada com a política, que estão afastadas, que não acreditam em nenhum político e por isso, ou não votam ou votam em branco. Não posso concordar com esta afirmação. Em primeiro lugar, porque se estamos inseridos numa sociedade, logo estamos inseridos na política, pois é ela que organiza todo o sistema burocrático, legislativo, judicial, etc, dentro da sociedade, quer seja democrática, republicana, monárquica, regime ditatorial, etc.., por isso, ninguém está propriamente afastado da política (a não ser talvez algum eremita). 

Em segundo lugar, podemos querer dizer com isto, que não queremos participar na vida política que nos rege, porque estamos desiludidos, mas também aí, não posso concordar, pois se nos afastamos, damos lugar a que outros opinem por nós, falem por nós, decidam por nós. Com isto perdemos a legitimidade de poder criticar algo que acontece devido a determinadas decisões políticas que nos prejudicam, porque simplesmente voltamos as costas. E deixamos que pessoas que tenham poucas competências (quer pessoais, quer profissionais) "trepem" nos vazios de poder que lhes damos. E depois, há ainda o acto de desprezar o voto que, infelizmente, em determinados lugares do planeta é negado à população e pelo qual muitos morrem para obter esta liberdade de expressão numas eleições livres. O voto, na minha opinião, deveria ser obrigatório dado ser um DEVER cívico e, sobretudo, em respeito a todos aqueles que lutaram e lutam pela liberdade.

Deste modo, acho fundamental que as pessoas, num exercício de cidadania, se congreguem segundo as suas ideologias junto dos partidos políticos com que mais se identificam e, se existe algo que está mal, tentem modificá-los por dentro. Há tantos partidos em Portugal actualmente e que são muito abrangentes nas suas mensagens, valores, missões, etc, que de certeza conseguem englobar a grande maioria dos cidadãos, pelo menos reduzir a abstenção a 5% ou 10%. Isto só valorizava a nossa democracia e, talvez, não estivessemos onde estamos.

 

 

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publicado às 13:34



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