Cá por coisas...

O Europeu de futebol está "à porta" e as atenções da maioria dos portugueses, no que respeita ao desporto, centram-se nas notícias que vêm de Viseu, onde a nossa selecção de craques faz o estágio.

As esperanças num bom resultado são muitas, apesar do difícil apuramento da equipa das quinas, num grupo de qualificação considerado acessível.

Vamos ver o que iremos conseguir neste Europeu organizado por dois países pequenos e pobres (Austria e Suíça). Eu classifiquei-os assim, porque se fossem grandes como nós, havia só um organizador que teria de construir 10 estádios (no mínimo). Vê-se mesmo que não têm uma visão estratégica e de futuro...(não sei se notaram estou a ser irónico, obviamente).

Mas o que eu quero aqui hoje falar/escrever é da nossa Campeã de Triatlo Vanessa Fernandes, que bate record, atrás de record e que espero que consiga levar esta "pedalada" até aos Jogos Olímpicos de Pequim que irão decorrer este Verão (se não houver boicote e... se houver Verão :P).

É incrível a sua resistência e a sua performanc
e que se mantém no topo de modo regular há algum tempo. São vinte vitórias consecutivas na Taça do Mundo de Triatlo. Começa a ser notícia cada vez mais nos blocos desportivos e nos jornais, algo que é muito difícil neste tipo de modalidades, pois, tem de se ser mesmo muito bom, para surgir no meio das notícias do futebol ao longo da temporada.

Para além disto, ainda teve o reconhecimento público com a atribuição de um Globo de Ouro, que é um prémio que começa a ter alguma tradição (independentemente das confusões das cerimónias) e que, pelo menos, mostra que as pessoas estão atentas ao seu desempenho.

Gostamos de ver os nossos atletas a vencer e a transportar a nossa bandeira quando dão a volta ao estádio vitoriosos. Seja qual for a modalidade, representam-nos e temos orgulho neles. Vamos apoiá-los a todos.

Vamos nessa Vanessa? Vamos ganhar uma medalha em Beijing?

Uma notícia que me impressionou nos últimos dias foi o trágico acidente que vitimou o piloto e Campeão Mundial de Ralis Colin McRae, assim como mais um adulto e duas crianças, sendo uma delas o seu filho de cinco anos.

Nunca fui grande fã da modalidade (acho que é por não ter a emoção das ultrapassagens como as corridas de pista, por ex. Formula 1) por isso nunca segui com atenção a sua carreira, mas sei que foi um dos melhores pilotos do seu tempo de actividade. A sua fama foi tal que inspirou um jogo para PC e consolas com o seu nome, que se tornou num êxito de vendas a nível mundial.

Resta-nos aceitar a realidade e dizer aquela frase que se diz com alguma resignação e tristeza nos momentos que infelizmente não se pode fazer nada: É a vida... 

Até sempre, Campeão.

Hoje tinha de falar da nossa Selecção de futebol.

Considerado por muitos como o desporto-rei, é uma modalidade onde ao longo dos últimos anos Portugal tem vindo a conseguir alguns êxitos. Apesar de não alcançar títulos relevantes no escalão sénior (Selecção A), o 2º lugar no Europeu e o 4º no Mundial, fez com que a Equipa nacional fosse respeitada e considerada uma das melhores do mundo.

Por isso, se há algum tempo atrás Portugal raramente conseguia qualificar-se para as fases finais dos Europeus e Mundiais de futebol, actualmente, se não o conseguir, ficamos incrédulos, desapontados e até revoltados.

O que se passa actualmente não se consegue explicar muito bem. A equipa ficou colocada num grupo na fase de apuramento para o Europeu de 2008 aparentemente acessível, porém já perdeu muitos pontos de uma forma ingénua, pondo em risco a própria qualificação.

Nos últimos jogos alguns jogadores parecem em baixo de forma e os que correm mais, jogam de uma forma confusa, complicada e individual. A equipa, se é que se pode chamar assim, parece apática e nervosa, esperando que algum lance de génio resolva a partida o mais depressa possível. Não há a alegria de jogar  e a entrega como víamos nos tempos do EURO2004. As exibições são apagadas e sofridas.

Portugal tem jogadores para conseguir o objectivo da qualificação, sem haver a necessidade de se superarem, basta serem eles mesmo.

Quem se tem superado são os nossos jogadores de Basket e Rugby. Os primeiros conseguiram uma prestação histórica no europeu da modalidade. E os segundos, basta ver a emoção como cantam o hino e a garra que empregam no jogo para compreender que a maior motivação que eles têm é a de defender e dignificar a camisola da Selecção.

Pensando melhor, falta um pouco de "amadorismo" à nossa selecção de futebol...Cá por coisas :P