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Feiras do Livro

por Antonovsky, em 13.07.10

Para não dar a ideia que este blog voltou para ser uma página temática relacionada com culinária, dado que falo em churrascos e sardinhada num post e noutro falo em pratos de polvo. Volto para falar de um dos meus temas preferidos: LIVROS.

Sempre que passo por uma livraria Bertrand, Fnac, Book House, etc, lá ando às voltas à procura de novidades e se possível promoções e pechinchas. Porém, salvo algumas iniciativas promocionais, acabo por comprar mais livros nas Feiras do Livro que regularmente surgem na Estação do Oriente. Devo confessar que os preços não são muito mais baixos do que nas lojas, mas consegue-se arranjar por vezes algumas edições antigas de livros que já saíram de circulação ou que não tiveram grande aceitação pelo público.

Uma das minhas últimas aquisições foram dois livros de um escritor-jornalista brasileiro Eduardo Bueno, que é fascinado em história, aborda os primeiros tempos da descoberta do Brasil e sua colonização.

A escrita é leve, explícita e de fácil leitura. O autor consegue de uma forma simples enquadrar os vários acontecimentos de uma forma cadenciada ao longo da narrativa, ao mesmo tempo que pontualmente preenche as páginas com apontamentos importantes e esclarecedores para melhor entendimento das personagens e do contexto em que estão inseridas.

Este autor escreve uma trilogia editada em Portugal pela Pergaminho:

  • A Viagem do Descobrimento;
  • Náufragos, Traficantes e Degredados;
  • Capitães do Brasil - A saga dos primeiros colonizadores.

Eu fiquei com a impressão que houve um bom trabalho de pesquisa do autor que apresenta algumas teorias de historiadores pondo por vezes em confronto as suas opiniões. Eu já li dois destes livros e gostei

 

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publicado às 14:42


Fernão Mendes Pinto

por Antonovsky, em 22.06.09

Muitas são as histórias e aventuras retratadas na grande obra de Fernão Mendes Pinto intitulada "A Peregrinação". igualmente foram, as suas descrições e relatos, alvo de descrédito pelos seus contemporâneos que, por vezes,  jocosamente insistiam na celebre piada:

- Fernão, mentes?

- Minto.

Por outro lado, esta obra teve um rápido sucesso na Europa, assim que foi publicada. No entanto, quase sempre ocupou, na história literária portuguesa, um lugar muito mais modesto e imerecido devido ao seu conteúdo que era antítese do nobreza e valentia relatada de uma forma poética nos Lusíadas de Luis Vaz de Camões.

Se um enaltecia os feitos lusitanos e minimizava as agruras e crueldades com uma linguagem fina e rebuscada, o outro relata de uma forma crua e sua vida rica em provações, mesmo sendo retiradas algumas partes de mais difícil crédito. Porém, jamais podemos esquecer o período que viveu Fernão Mendes Pinto, onde as portas de um mundo novo se abriram e as novidades que com ele eram descobertas, pareciam, muitas vezes, algo impossível de coabitar no mesmo globo onde se encontrava a velha e conhecida Europa.

Assim, e para relembrar alguns que já leram e para aguçar o apetite a quem gosta deste género de livros, deixo-lhes um pequeno excerto:

 

" Quando ás vezes ponho diante dos olhos os muitos e grandes trabalhos e infortúnios que por mim passaram (...) acho que com muita razão me posso queixar da ventura que parece que tomou por particular tenção e empresa sua em perseguir-me e maltratar-me (...) Mas por outra parte quando vejo que, do meio de todos estes perigos e trabalhos, me quis Deus tirar sempre em salvo e pôr-me em seguro, acho que não tenho tanta razão em queixar-me, quanta de lhe dar graças por este só bem presente , pois me quis conservar com vida, para que eu pudesse fazer esta rude e tosca escrita, que por herança deixo aos meus filhos, porque só para eles é minha tenção escrevê-la..."    

Fernão Mendes Pinto em "A Peregrinação, vol. I"

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publicado às 15:55


Pêro da Covilhã

por Antonovsky, em 03.05.09

da 

Prestes João, foi uma personagem (fictícia para uns, real para outros) que contribuiu para a expansão portuguesa que sempre procurou um aliado cristão em distantes paragens, para que prestasse auxilio precioso à coroa, na demanda das novas rotas comerciais.

Nessas buscas um dos espiões mais audacioso, inteligente e versátil de D. João II, foi Pêro da Covilhã, que deambulou pela India, Médio Oriente e Africa, disfarçou-se de muçulmano integrando perigrinações a lugares sagrados. Não encontrou o reino de Prestes, mas voltou com inúmeras e preciosas informações que ajudaram mais tarde Vasco da Gama a realizar a viagem marítima para a India. 

Para já, fica aqui uma frase do espectacular livro "Viagens de Pêro da Covilhã" do Conde de Ficalho que foi publicado pela primeira vez em 1898. Esta frase é o inicio de uma carta improvisada de Diogo Lopes ao Rei Prestes João, que após longas buscas em territórios longinquos, os portugueses situam este mítico monarca na Abissínia. Assim e com muita humildade inicia ele a sua carta:

"Se esta carta não vai bem orada, perdoe Vossa Alteza, porque não se aprendeu mais nos toldos destes galeões em que o homem o anda servindo".

 

 

 

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publicado às 16:19


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