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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Nesta vida tão agitada
há sempre algo a fazer,
empregos de fachada
trabalhos a doer.
Tarefas e tarefas
umas ingratas, outras por prazer
preenchem o nosso tempo,
dando sentido ao viver.
Os diversos papéis que representamos
têm muitas falas e atos
e se por vezes nos fartamos
temos sempre que "vestir o fato",
arregaçar as mangas, ir à luta
crescer, ser responsável,
o desempenho é uma labuta
que a sociedade requer apresentável.
E quando não nos apetece nada fazer
não mexer uma única palha
surge sempre uma tarefa chata,
Oh! Que Deus me valha.
Mas também é pura verdade
que quando o ócio é ocupação
ficamos inquietos em demasia
e a nossa cabeça exige ação.
Depois de umas mini-férias (para quem as teve) e das festividades marcantes, eis que entramos no Ano Novo. Segunda-feira está à porta e lá vamos nós iniciar mais uma etapa rotineira nas nossas vidas profissionais. Os nossos chefes lá estarão à nossa espera, esperando que superemos todas as expectivas e ultrapassemos os sacrificios que nos serão exigidos por um 2012 bastante dado a exigências...
Os chefes têm sempre defeitos. É um facto verdadeiro e indescutível, nem que seja por desempenharem o papel de chefe que já de si é um defeito para os seus empregados/colaboradores/subordinados, etc... Há sempre qualquer coisa que não está bem neles, quer sejam traços do seu carácter, quer sejam qualidades (ou falta delas) no seu sistema de trabalho e decisões.
Isto é um facto quase universal, todas as pessoas que trabalham e têm chefias, numa determinada altura da sua vida laboral, fazem uma apreciação menos favorável à atitude de quem toma decisões no seu trabalho. E claro que pode haver excepções, mas são raras e só vêm confirmar a regra.
Há muitos tipos de funcionários críticos:
Os que falam com razão e apontam boas soluções para melhorar o sistema;
Os que falam sem razão e apontam soluções piores;
Os que criticam muito mas não dizem o que fazer para melhorar.
Os que criticam discutindo abertamente com o chefe;
Os que minam as bases e envenenam, à espera que algum colega tome uma atitude, etc...
Mas também há diferentes tipos de chefes:
Os maus chefes» controladores, desconfiados, ditadores, "picuinhas", manipuladores, "agressivos", que criam um clima de desconfiança, de competitividade excessiva e prejudicial entre os seus funcionários/colaboradores;
Os chefes bonzinhos» indecisos, receosos em falhar, receosos de perder o seu cargo, querem dar-se bem com todos os seus subordinados o que causa injustiças, pois acabam por compensar os bons e os maus funcionários;
Os bons chefes » Comportamento assertivo, ouvem as opiniões, decidem quando têm que decidir, encaram as situações mais dificeis assumindo a liderança com naturalidade. Exigentes com os funcionários, mas também com eles. São o mais possível justos nas avaliações do seu pessoal...É claro que seria quase perfeito... Mas mesmo assim existirá sempre alguém que não fica satisfeito.
É um papel tão ingrato o papel de Chefe, que eu ás vezes pergunto-me: Porque é que tanta gente o quer desempenhar???
Não sou chefe, pelo contrário. Estou só a dissertar...Cá por coisas :P
Hoje em dia é cada vez mais dificil confiar nas outras pessoas. Ter boa fé logo à partida quando se conhece alguém, ou até mesmo já passado algum tempo de convívio há sempre reservas e barreiras que permanecem e impedem de saber até que ponto se pode falar de coisas pessoais e partilhar alguma intimidade.
Isto é resultado da sociedade actual que nos brinda com desilusões/decepções ao longo da nossa experiência de vida e que nos transforma cada vez mais a personalidade para um estado mais fechado em nós mesmos e com "armaduras" inexpugnáveis.
Será boa essa nossa defesa? No aspecto em que nos protege mais emocionalmente de dissabores pode-se dizer que é positiva. Mas viver sempre com receio de confiar, de partilhar, acho que nos torna cada vez mais cinzentos e tristes com "caixas" de histórias por contar e muitas vezes mal resolvidas que deveríamos libertar e não temos ninguém em que confiar porque afastamos as pessoas com as nossas defesas...fica-se com um peso na alma e uma angústia que nos consome.
Solução? Encontrar bons amigos e estimá-los ao longo do tempo com reciprocidade e respeito, com amizade e franqueza, não os desiludindo e a pouco e pouco as barreiras caem e as coisas tornam-se mais claras e simples.
Esta é a minha ideia e desafio para um ponto de esforço para todos neste ano que vai entar.