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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Há uns anos atrás, o Festival da Eurovisão da Canção era um dos maiores shows televisivos que eram transmitidos anualmente em Portugal e que reunia toda a família (todas as idades incluídas) junto do televisor, para assitir com algum nervosismo à prestação portuguesa e à emoção do momento da decisão do juri.
Como nós nunca ganhavamos, no final ficava apenas na cabeça aquela lengalenga da votação de todos os jurís dos países envolvidos, traduzida para várias línguas. Quem não se lembra, por exemplo: United Kingdom, seven points, Royaume-Uni, sept points... etc.
Antes deste festival internacional, ainda havia o nacional, onde era seleccionada a canção que nos iria representar lá fora. Grandes ícones nos representaram: Dora, José Cid, Armando Gama, Carlos Paião, Simone de Oliveira, Da Vinci, etc...
Foram momentos que se iniciaram ainda com a televisão a preto-e-branco e resistem com os LCDs e Plasmas. É claro que perderam muito protagonismo, pois, a oferta de uma programação variada nos múltiplos canais que existem, vai dividindo cada vez mais a audiência.
Pessoalmente, há muitos anos que deixei de seguir este festival de música, mas assisti a muitos e até tive um album com as canções vencedoras de todos os festivais até um determinado ano (não me lembro qual) e onde também vinham a ilustrar as fotos dos interpretes. Lembro-me especialmente dos suecos ABBA muito novos, que tinham ganho com a canção Waterloo em 1971 (penso eu).
Mas o problema não é a falta de qualidade das nossas canções ou do próprio festival em si, não é o estilo que está a ficar fora de moda para o mundo ocidental, pois acredito que este Show televisivo tenha muita audiência nos países de Leste.
O problema tem sido os escândalos que têm surgido nos jornais, com a suspeita de vencedores combinados, votações de jurís onde a política externa e de boa vizinhança vale mais que a qualidade da canção (um aspecto que muitas vezes salta à vista). Este ano, acho que também existe alguma polémica em relação à canção russa que é acusada de plágio.
Enfim, uma tristeza, para um festival que já teve os seus tempos aureos e que actualmente atravessa uma fase menos boa. Penso que se não fosse a entrada dos países de leste, este festival para o mundo ocidental já teria acabado.
Seja como for, há que ter a consciência que a política é para os políticos e as canções para os artístas... Se bem que há cada artísta na política.!! :P Fiquem bem.