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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Dizem que as conversas são como as cerejas, uma leva a outra, que por sua vez leva a outra e assim sucessivamente. Estou a chegar à conclusão que os posts são iguais, pois ao escrever sobre Stanley Kubrick, descobri que três obras deste realizador constam na lista dos 50 melhores filmes de sempre, que foi elaborada pelo prestigiado American Film Institute.
Ora, se os dois primeiros não são novidade pelo impacto que tiveram (Laranja Mecânica e 2001: Odisseia no Espaço) ou outro, Dr. Strangelove (1964), é uma surpresa, apesar de na minha opinião e gosto pessoal ser o meu preferido destes três. Acima de tudo por ser uma comédia, que normalmente nunca são muito levadas a "sério" quando se trata de prémios ou reconhecimento da crítica cinematográfica. Porém, como tratava de um assunto muito actual - bomba nuclear e guerra-fria, quando estávamos no período histórico do seu auge - de um modo inteligente, sarcástico e cómico, acabou por ter sucesso junto do público e da crítica.
Este filme conta com dois excelentes actores: Peter Sellers (1925-1980), que desempenha três papéis nesta película e George C. Scott (1927-1999). São dois actores que para mim estam sempre associados a personagens que interpretaram na sua vida profissional. Peter Sellers, identifico sempre com o Inspector Clouseau da série de filmes da Pantera Cor-de-Rosa e George C. Scott, que por mais filmes que veja dele, imagino-o sempre com o uniforme do General Patton com rosto duro e decidido nas suas acções.
Aí está uma ideia para as férias, só Cá por Coisas: Filmes a rever, Patton e Dr. Strangelove.
Fiquem bem.
Há uns dias atrás li no site da Yahoo que havia uma recompensa no valor de um milhão de dólares para quem conseguisse obter mais umas provas da existência do lendário e fabuloso Bigfoot, mas também do Yeti (vulgo: Abominável Homem das Neves) monstro de Loch Ness e de outras criaturas fantásticas e lendárias. Esta prova deveria ser registada em video ou em foto que, por sua vez, seria objecto de estudo por parte de um painel de peritos para autenticar a sua veracidade.
Não é que eu seja muito interessado nestas coisas, no entanto, este artigo fez-me lembrar um programa intitulado: "O Mundo Misterioso de Arthur C. Clarke" que era transmitido na nossa TV, salvo erro, na década de 80. Não sei se estão lembrados, mas quanto a mim, faz parte do meu "imaginário" de adolescente.
Foi um programa que trouxe até nós estes fenómenos/mitos inexplicáveis pela ciência e conhecimento humano, onde figuravam, para além dos já referidos Bigfoot, Yeti, Monstro de Loch Ness, mas também, OVNIs, Meteoritos, Caveira de Cristal, bolas de fogo na atmosfera, etc. Eu seguia o programa naquela altura com bastante interesse.
Quanto ao autor, o seu nome é sobejamente conhecido, não só como escritor de ficção científica, mas também de artigos de divulgação científica (a sério) e inventor. A sua obra mais conhecida e que foi adaptada para o cinema foi "2001:Odisseia no Espaço" (realizado por Stanley Kubrick em 1968). Arthur C. Clarke, nasceu em 1917 em Inglaterra e faleceu em Março deste ano no Sri Lanka.
Uma curiosidade: No filme mencionado uma das "personagens" principais é o computador inteligente HAL 9000 que, acusam os mais atentos de referência à marca IBM, pois as letras são sequênciais no alfabeto: H( I ) A( B ) L( M ). De facto é preciso muita imaginação.
Ainda devido ao consumismo, um pouco relativo ao post anterior, lembrei-me da conhecida expressão Roscofe, que servia para designar qualquer produto barato, de má qualidade e duração inferior à que devia ter.
Resolvi aprofundar a minha pesquisa acerca desta palavra da nossa gíria que é utilizada há bastantes anos, para perceber de onde viria este termo tão esquisito. O resultado foi o seguinte:
Houve em tempos uma marca de relógios "Roskopf", fabricada por um relojoeiro alemão, Georges Frederic Roskopf, a baixo preço, o que permitiu às classes menos favorecidas economicamente pudessem adquirir o produto. Porém, houve também naquela altura, muitas falsificações com nomes parecidos e de má qualidade que acabaram por dar má fama à marca.
Mas há ainda uma versão mais fantasista e lendária:
Dizem que a fama vem de uns relógios (só aqui a versão é idêntica) que eram vendidos a marinheiros no porto de Roscoff, região da Bretanha (França). Este relógios tinham apenas a duração de 24 horas, graças a um mecanismo engenhoso que utilizava um cabelo que fazia girar os ponteiros durante um dia, por ventura o tempo que os marinheiros permaneciam naquele porto francês.
O que é um facto é que a associação da marca, para um aportuguesado "Roscofe", que significa na gíria má qualidade qualquer que seja de produto, está enraízado na nossa sociedade. Infelizmente para a memória do Senhor Roskopf, que parece que a sua invenção até tem qualidade (para quem interessar ver: www.musketeer.ch/watches/roskopf.html). é uma injustiça, restando o consolo de cada vez se usar menos esta expressão, até cair de vez no esquecimento.
Foi apenas uma curiosidade que me surgiu de repente (é o que dá ter um blog generalista), qualquer dia vou aprofundar o conceito de mixórdia, termo usado para descrever geralmente uma misturada de ingredientes numa refeição, mas também pode ser utilizado para uma grande confusão, embrulhada... Enfim, Cá por coisas. ;-)