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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Meus amigos, com tantos anos de recessão económica ou (quando muito) de crescimento económico anémico, já não faço a mínima ideia do que poderá ser considerado Sinais Exteriores de Riqueza. A obsessão do cumprimento do défice e controlo da inflação, evitando a todo o custo derrapagens que iriam prejudicar o país com castigos aplicados pela Troika, faz com que os Governos dos últimos anos tentem procurar nos seus cidadãos fontes de rendimento para colmatar esta situação.
Eu neste momento estou confuso se comprar três Tshirts por 10€ nos saldos e seis pares de meias turcas brancas com duas raquetes cruzadas por 5€ na feira...quero dizer, "Botique Alcofa" será que terei de declarar alguma coisa?
É claro que estou a dramatizar a situação, mas isto remete para uma dúvida existêncial: Se pagamos pelos sinais exteriores de riqueza, será que podemos receber quando mostrarmos Sinais Exteriores de Pobreza?
As notícias do crédito mal parado a aumentar é um sinal, mas há muitos outros, por exemplo se forem na auto-estrada começam a notar que há cada vez mais carros "empanados" nas bermas á espera do reboque. Eu associo a isso ao adiar das revisões mecânicas para quando houver uma melhor oportunidade financeira, só que os meses vão passando e as peças desgastam-se e os automóveis têm um péssimo timing para recusar a obedecer. Já tinham pensado nisso? Ou sou eu que estou a pensar nisto...Cá por coisas?