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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Vou iniciar mais uma fase de novos posts, sem prometer nada de interessante, nem interactividade, porque quando se fazem planos as coisas por vezes não correm como queremos. Já aconteceu uma vez, após um longo período de ausência, regressei cheio de ideias para o blog e, obviamente, não consegui executar porque outros objectivos e ocupações surgiram.
Porém, o bichinho bloguento ficou e cá estou eu a escrever o que me passa pela cabeça, o que acho que deve ser partilhado, assuntos do dia a dia, etc, etc...enfim, você sabem.
O assunto que me traz aqui é actual e preocupante e tudo começa com a minha T-shirt branca da adolescência com uma imagem da Evolução do Homem - teoria de Darwin e não bíblica - que mostrava as fases evolutivas dos hominídeos, até chegar ao Homo Sapiens Sapiens e como título da ilustração, vinha a pergunta que este post também tem: Hey, Brother where you go?
Eu usava aquela T-shirt talvez numa de filósofo irreverente ou talvez achasse engraçada. O que é facto é que nunca me esqueci dela. E porquê?
Porque acho que a pergunta se dirige ao Homem (raça humana) tentando saber até onde ele vai, após uma evolução de milhares de anos. E eu penso que ninguém no mundo sabe responder. E porquê?
Porque o mundo ocidental que venceu a guerra fria, mostra que também não é um sistema perfeito, com os seus objectivos voltados para uma economia mundial e consumismo supérfulo. Os valores da humanidade são medidos em números e a competitividade de mercado entre países e entre empresas, reflecte-se nas pessoas que tentam sobreviver nos seus empregos a todo o custo, cultivando, mesmo contra-natura, um egoísmo sem valores, ambição desmedida e cinismo.
Mas há mais, na ânsia de produzir, de atingir maiores lucros de crescer mais que os outros e penetrar no mercado e consolidar as quotas, etc, os países poluem muito. E quanto maiores, mais poluem (China e EUA, por ex.) e o ambiente ressente-se e dá sinais.
As temperaturas sobem, as catástrofes naturais são cada vez mais regulares (as últimas China e Myanmar), espécies em vias de extinção (última notícia - mais de 1200 espécies de aves em vias de extinção). Para onde caminhamos?
Estamos a ser vítimas do nosso próprio sistema económico que se baseia, e muito, no petróleo (porque alguém assim o quer) e tudo o que com ele interage também fica mais caro e inatingível. Não só a energia e os combustíveis, como o transporte dos produtos para os mais variados sítios é inflacionado e acresce ao preço final do consumidor.
Mas há mais, fala-se na crise dos cereais, o que é lógico. Porquê? Porque dizem que estão a utilizar cereais para produzir biodiesel, porque a população do mundo está a aumentar, porque há que satisfazer as exigências do mercado, porque há especulação, porque, porque, porque...
Meus amigos, eu só digo (escrevo) isto: De que é me serve ter dinheiro no bolso se não conseguir respirar? De que é que me serve ter dinheiro no bolso se não tiver alimentos para comprar?
Vou experimentar introduzir umas notas/certificados de aforro ou papéis de acções (se as tivesse) dentro do micro-ondas para ver se de lá surge uma refeição comestível, mas não me parece que resulte.
E que tal fazer uma T-shirt com os dizeres: Hey Brother, What are you doing?