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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Tenho um megafone na mão
É o meu novo brinquedo
Atrás dele digo o que quero
E de ninguém tenho medo
Alegre, solto e livre,
Assim vou para a manifestação
Nem sequer dou conta
De ser manipulado pela oposição
Sei dizer palavras de ordem
Sem nunca me enganar
Se estiver muito concentrado
Até consigo rimar
Se me perguntarem porque ali estou
Tenho dificuldade em me expressar
Não vejo soluções melhores,
Mas sabe bem criticar
Parece uma grande festa
Uma "rave" num livre espaço
Mas ao invés de música tecno,
Tenho um cartaz no meu braço
Somos alguns míudos mimados
A brincar às revoluções
Protestamos quando somos empurrados
Alegando vis agressões
Seria capaz de fazer isto
Na Líbia, Coreia ou Irão?
penso que seria melhor ficar em casa
e deixar para os outros a revolução.
Não levem a mal...Viva a Democracia, sempre com Fairplay :)
O que é um movimento Cívico? O que é uma cidadania participativa? Podia dizer que foi o que se passou ontem, principalmente em Lisboa e no Porto. Mas não... O que se passou no Sábado dia 12 de Março foi uma manifestação de pessoas que estão descontentes com os destinos de Portugal pelas mais variadas razões, adicionando um pouco folclore e tácticas oportunistas de partidos que se fizeram representar de uma modo, mais ou menos discreto, como pescadores que largam as redes, no sentido de captar o número de votos dos descontentes, com o canto demagógico de sereia prometendo o impossível. Tudo muito civilizado, legal e democrático, não discordo.
O mais interessante disto é que muitas destas pessoas se afastaram de uma cidadania participativa e muitos deles provavelmente não votaram/nem votam há algumas eleições atrás. Soluções? Nenhumas, ou então, impossíveis, utópicas. Meus amigos, a realidade desabou na cabeça de muita gente, principalmente naqueles em que tudo foi facilitado pelos progenitores e lhes foram encobertos os sacrifícios pelos quais os seus pais passaram para lhes dar tudo. O problema é que os pais envelheceram e já não podem mais e chegou a altura da geração dos 25-30 "chegar à frente" e a maioria não está preparada. Têm licenciaturas, é certo, mas falta responsabilidade, autonomia, empreendedorismo, assertividade, ao invés têm comodismo, impaciência, mimo e uma excessiva auto-estima de quem se acha mais que os outros. Obviamente não se pode generalizar, mas basicamente isto que escrevo não anda muito longe da realidade.
Homens da luta são aqueles que em dificuldades arregaçam as mangas e sustentam a família, são pilares fundamentais onde devem assentar os valores e a educação, são suportes inabaláveis da sociedade, mesmo que sejam agentes da mudança e por ela dêm "o peito às balas", mas de um modo coerente e objectivo e não com frases popularuchas e de conteúdo vazio. Tenho dito.