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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Sorteio das finanças, anda à roda hoje. Pode-lhe sair um carro ou uma casa. Peça factura, não se esqueça!
Um bom contribuinte, pode lucrar no mês seguinte! Anda à roda hoje...
Podia ser assim o pregão de um funcionário das finanças, se os sorteios que foram pensados (alegadamente) pelo fisco fossem em frente. Pelo que li, isto iria funcionar mais ou menos assim, todas as pessoas que pedissem factura aos serviços que utilizassem, estavam habilitadas ao sorteio que poderia "dar" três carros por semana e uma casa de três em três meses...nada mau. Tendo em conta, que os carros devem ser os usados que foram penhorados e as casas de igual modo obtidas a contribuintes devedores (isto é o que eu penso). Assim, o fisco não teria despesas nenhumas, combatia a evasão fiscal e
assegurava receitas adicionais com os IMIs e Imposto de Circulação com os bens distribuidos, que se pertencessem às finanças, nada lhe rendiam. Boa medida, sem dúvida, como dizem os anglo-saxónicos "uma win-win situation".
Mas eu ainda iria mais longe, aliás já tinha pensado num sorteio onde todos os contribuintes cumpridores estavam habilitados a isenções, a prémios pecuniários ou outro prémio como estes que falam hoje. Afinal, se um contribuinte não cumpre tem punição (reforço negativo para mudar de comportamento), logo se cumpre também tem direito a uma compensação, numa espécie de reforço positivo para continuar com o comportamento. Aliás, hoje em dia cumprir é muito difícil, pis a carga fiscal é tão grande que bem podiam, não só atribuir prémios ao contribuinte português, como erguer um monumento perto daquele dos descobrimentos, pois se esses homens ajudaram a engrandecer a nação portuguesa, o contribuinte tem agora a tarefa de MANTER a nação portuguesa.
"Levantou-se a lebre" do Serviço Militar Obrigatório voltar para os nossos jovens (penso que de ambos os sexos) não só colmatarem algumas lacunas deficitárias nas Forças Armadas, devido aos cortes orçamentais, mas também como acção civica importante e de cidadania, quiçá, na transmissão de valores fundamentais da pátria portuguesa.
Não sei se este assunto tem fundamento ou não, até porque o Sr. Ministro da Defesa nega que tem esta proposta em mãos. Mas, hoje em dia com a refundação, reforma, reestruturação do Estado (seja lá que palavra for) todos os assuntos surgem numa espécie de "brainstorming", que podem ou não ser implementados definitivamente ou à experiência. Tenho a sensação, por vezes, de sermos cobaias numa espécie de Big Brother em que os produtores do programa para conquistar audiências vão adicionando alguns temas provocativos, polémicos, controversos que causam reacções que os espectadores apreciam.
Neste caso não tenho a certeza se seria bom ou não. O SMO sempre teve vantagens e desvantagens, dependendo da vida profissional/estudantil de cada um e também do "gosto" individual e da sua capacidade de adaptação à vida militar. Se para uns é uma vida fantástica, uma experiência inesquecível, para outros pode ser um sacrifício, um atraso nos projectos da sua vida pessoal.
Eu confesso que gostei tanto, que acabei por lá ficar cerca de oito anos, mas não sei se os meus filhos irão gostar ou não, e se os quero ver a fazer algo que detestam. Veremos as cenas dos próximos capítulos.