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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Sou a favor das greves, embora nunca ter feito nenhuma. Mas sou a favor porque é um direito que as pessoas têm em manifestar-se quando não estão de acordo com o rumo dos acontecimentos na sua vida laboral. É um direito num Estado democrático e livre que os cidadãos têm.
Devem ser o último recurso, dado que resultam em perdas para ambos os lados. Do lado dos patrões não há produção e portanto têm prejuízo e do lado dos trabalhadores é menos os dias de greve que recebem no final do mês. Portanto, devem ser bem pensadas e não podem ser tomadas de ânimo leve, devendo-se sempre esgotar a via do diálogo e haver algumas cedências de parte a parte.
É uma medida de pressão que tem mais impacto se houver unidade na classe trabalhadora, dado que é a classe que apesar de mais numerosa é que geralmente é mais fragilizada e prejudicada nos rumos dos acontecimentos. Por isso a velha máxima a "União faz a força" adapta-se e muito nestes casos.
Mas há uma coisa que não concordo, são os chamados PIQUETES. Grupos de trabalhadores que ficam de guarda para não deixar trabalhar quem quiser. Hoje em dia já não se utiliza muito, mas às vezes ainda há alguns casos desses.
Eu sei que deve ser desesperante as pessoas fazerem greve com as suas convicções bem vincadas e com sacrifício do dia de trabalho que se perde e, no entanto, vêm depois os seus colegas trabalhar e assim enfraquecer a sua posição. É verdade que deve ser revoltante, mas também é verdade se estamos num Estado onde há o direito à greve e as pessoas são livres de aderirem, também quem quiser trabalhar tem o direito de o fazer. Nunca se esqueçam disso...viva a liberdade de escolha.