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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Se há coisa que facilita a vida e o acesso aos serviços é, sem dúvida, a internet. A proximidade, a prontidão, a informação disponível sempre que necessário, os comprovativos que se podem imprimir a todo e qualquer instante e que são tão preciosos quando temos urgência.
Porém, há sempre pelo menos uma desvantagem em qualquer coisa nesta vida, e uma delas neste caso em concreto, é/são as palavras-passe. Se eu quiser ter um compartimento no meu PC (uma parte do disco) particular, tenho uma palavra-passe, o meu email tem uma palavra passe, o meu facebook, o site da EDP, da Via Verde, da rede do meu telemóvel, o código do Multibanco, do acesso à conta online, o site da escola dos miúdos que tem senhas próprias para aceder a informações e comprar as refeições dos miúdos (no meu caso três), o site das finanças, etc, etc. Uma infinidade de senhas que com características diferentes, por vezes, não dá para repetir e ter todas iguais.
Umas têm de ter mais de 6 caracteres outras 8, umas podem ser só letras e números, outras têm de ter tudo, maiúsculas, minúsculas, números, caracteres esquisitos como (#*&), etc.. É claro que temos de escrever num papel algumas das senhas o que é completamente contra as regras de segurança, assim como ter as senhas todas iguais, também é contra os manuais das "passwords". Depois se nos esquecemos ou temos uma "branca" vem as perguntas de segurança que preenchemos uma vez na vida e já não nos lembramos qual é a resposta que demos quando fizemos o registo. Então, provavelmente temos de escrever num papel as respostas a todas as perguntas de segurança que temos nos mais variados sites... E como algumas são perguntas fechadas, temos de inventar respostas para cada uma delas. Qual o teu livro favorito? Qual a tua cor preferida? Como se chama o teu animal de estimação? etc.
Ou seja, temos de ter uma memória de elefante, ou temos de apontar tudo num caderninho bem escondido ou em sítios diferentes, mas também aí é preciso ter cuidado, pois podemos esquecer onde os guardamos...Bolas tanta coisa, nunca mais temos a identificação "caseira" pela irís ou pela impressão digital, mais acessível ao comum dos mortais, de certeza que iria poupar trabalho e a cabeça... :)
Apesar de tudo prefiro os serviços online pelo tempo que não se perde, pela desburocratização, pelo meio ambiente (poupa-se papel) e pela comodidade.
Hoje em dia toda a gente dá a sua opinião acerca de tudo e mais alguma coisa: criminalidade, economia, política, desporto, saúde, educação, etc... É importante que assim seja, pois estamos num país livre e faz bem expressarmo-nos, desde que não passemos dos limites e ,de alguma maneira, invadir o espaço e a privacidade dos outros.
Mas se a categoria desporto é muito abrangente e aceitável a discussão dos jogos, das performances dos atletas, dos arbitros, o mesmo já não se pode dizer de economia pura e de regras do mercado liberal.
No entanto, com esta crise económica era interessante ver e ouvir a pessoas nas ruas, nos cafés, no metro, no trabalho, a opinar sobre a alavacagem do bancos, o crédito mal parado, as taxas que deviam descer, as empresas que iam fechar, desemprego e todas as consequências que advinham desta catastrofe financeira. Pessoas das mais variadas classes sociais, idades e profissões acabam por "discutir" temas que, se não fosse a comunicação social, os comentadores nas televisões, jornais e rádios, passariam completamente ao lado.
Daí a importância da comunicação social, da mensagem que é transmitida ao público e que pode provocar comportamentos não desejáveis em tempos de crise. Por exemplo: se houvesse um alarmismo excessivo, poderia provocar uma corrida aos bancos por parte das pessoas para "levantar" o seu dinheiro com "pânico" de o perder para sempre. Por outro lado, se a notícia for transmitida de forma optimista demais, pode provocar displicência no público, não tomando medidas necessárias para precaver o seu endividamento excessivo ou investimentos de risco.
Por isto tudo, exige-se bons comentadores, especialistas nas áreas que são abordadas. No mais recente caso foi a economia, mas também noutras que sejam relevantes para o momento informativo, psicologia, criminalidade, sociologia, etc.., e ,sempre que possível, dos diferentes quadrantes partidários, de modo a garantir um pluralismo informativo com diferentes perspectivas.
Em Portugal temos bons quadros superiores especializados, quer na vida prática activa, quer na vida académica e teórica que estão devidamente actualizados com as realidades globais e que podem transmitir às pessoas, com os seus comentários elucidativos, a mensagem de uma forma simples para que todos possam perceber e ter... a sua opinião.
Fiquem bem.