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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Nada melhor para um povo que vive um período de crise que relembrar os feitos históricos da sua nação. Quando tudo parecia perdido, quando os adversários eram em muito maior número, quando as situações surgiam de uma forma inesperada e sombria, sempre conseguimos ultrapassar os obstáculos que o destino nos colocou. Com maior ou menor dificuldade, com o sacrifício de muitos e o heroísmo de alguns Portugal foi escrevendo a sua história.
Este livro é muito simples e reune episódios heróicos, caricatos e corajosos dos portugueses. Sob o título "Homens Espadas e Tomates" relembra uma identidade lusitana que nos ultimos anos parece ter sido esquecida. Porventura, alguns destes episódios serão exagerados pelos cronistas da época, no entanto, ninguém duvida de que aconteceram, pois há registos e memórias que se perpetuaram e são neste livro descritas algumas que merecem a nossa admiração. Fica aqui a sugestão para elevar a alma Lusitana.
Em tempos de crise uma rubrica que fica sempre para trás nas prioridade em qualquer orçamento, quer do Estado, Instituição ou Familiar, é a Cultura. Sabemos que nestes tempos há um re-alinhar de prioridades que estabelecem e ordenam outras necessidades mais prementes. Todavia, nós sabemos também que nem só de pão vive o homem e um livro, um cinema, um teatro, uma exposição, um concerto, um espectáculo, etc... sabe sempre bem e faz-nos desligar um pouco do quotidiano.
No meu caso, como gosto de ler, sempre que posso compro um livro, numa promoção nas livrarias, numa feira do livro, enfim se possível bom e barato como o povo gosta. Desta vez, na última feira do livro no Oriente (Lisboa) comprei duas biografias numa acentada - Uma de Da Vinci por 7€ e outra de Péricles 3€. Ou seja dois livros por 10€. Valeu a pena.
O livro da vida de Péricles é mais um ensaio de investigação do que uma biografia mais pormenorizada e atenta aos pequenos detalhes, requer uma leitura adicional para desvendar alguns termos utilizados, cidades e povos da antiguidade para podermos entender melhor o contexto. Parece-me mais dirigido a quem já sabe muito mais do que apenas uma noção de cultura geral que eu possuo. No que respeita ao livro do Da Vinci, para além da qualidade de impressão e fotografias de algumas obras e esboços nos seus inúmeros apontamentos, é um livro mais pormenorizado que liga a vida à obra do homem que, por sua vez, o autor tenta torná-lo comum, ou seja, um homem excepcional, mas um homem como os outros.
Vou continuar atento às pechinchas no mercado dos livros :)
Sempre gostei de ler e actualmente tenho conseguido tempo suficiente para me fazer acompanhar de um livro. Posso dizer que é um hobbie que me dá prazer e me enriquece com as diferentes abordagens do quotidiano, da vida, da história, diferentes opiniões e visões pessoais de cada autor, diferentes tipos de linguagem e modos de escrever que ao mesmo tempo tornam mais sólido o meu conhecimento sobre as coisas e a minha cultura geral.
Por vezes, quando acabo de ler um livro, penso que gostaria de ter sido eu a escrevê-lo, afinal até parece fácil, são apenas palavras escolhidas que dão determinado sentido lógico à narrativa com a imaginação e criatividade do escritor. Mas não é simples, lembro-me de obras complexas onde os enredos e as personagens se separam, cruzam, interligam ou seguem em diferentes períodos de tempo e diferentes lugares e tudo com um propósito que é revelado mais tarde, ou mesmo no final do livro. Estes livros prendem o leitor de uma forma tão viciante que é-lhe difícil interromper a leitura.
Infelizmente, no nosso país a média de leitores regulares é escassa, ainda para mais com os preços altos que os livros têm e que impossibilitam mesmo os que gostam, de aceder a mais obras.
Por outro lado, tenho de "investigar" também agora a nova moda do "e-book" e do "e-reader", algo que é inovador e que possibilita possuir muitas obras em pouco espaço físico, para além de que, se lermos durante o caminho para o trabalho podemos levar uma biblioteca às costas sem nos pesar muito. Também dizem que "não cansa a vista" como um qualquer ecrã/monitor, dado que não é iluminado e como tal não afecta tanto. Enfim, maravilhas das novas tecnologias.
Todavia, tenho pena de não ter mais livros, gosto de ver os livros nas estantes, arrumadinhos, prontos para contar uma história a quem pegar neles. Já li os que tenho (nunca leio a 2ª vez) e, às vezes, peço emprestado e troco com amigos e familiares, doutra maneira só pelos aniversários, Natal ou "Feiras do livro" (onde os preços geralmente são mais simpáticos) é que tenho mais literatura. Penso que é um hábito que devia ser cultivado nas pessoas, começando logo pelas crianças e jovens. Aprende-se muito, viaja-se, descobre-se, imagina-se, cria-se...