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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
O ano novo sugere sempre uma limpeza do que é negativo do ano anterior e uma renovação de hábitos e de novas atitudes positivas ao longo do ano que agora começa.
Eu sugeria uma renovação da mentalidade portuguesa, no que diz respeito à generalidade da população. Passar de uma atitude negativista, desinteressada, cabisbaixa e, muitas vezes, de revolta interior direccionada para os que estão mais próximos, para uma atitude assertiva, interessada, de cidadania activa, de protesto consciente sobre os assuntos que se debatem, de apresentação de soluções reais e exequíveis, contando com a entreajuda da comunidade interessada.
Explicando, Portugal está a criar assimetrias profundas sociais com politicas que tendem a sacrificar mais uns que outros. Essas politicas alongam a distancia entre classes mais favorecidas e as menos desfavorecidas, desaparecendo aos poucos a intermédia que era a maior e a que mais equilibrava as coisas. Deste modo, os problemas sociais agudizam-se nos bairros, freguesias, municípios que não têm dinheiro para dar resposta a tantas solicitações. As próprias infra-estruturas degradam-se e há pouco capital para aquisição de novos equipamentos e para a manutenção dos já existentes.
Os impostos aumentam mais para pagar dividas, do que para investir ou resolver problemas que afectam a todos. Por isso, temos de tentar fazer o melhor no sítio onde residimos. Se todos contribuirmos de uma forma activa, em comunidade, para suprimir algumas carências que afectam o local onde vivemos, de certeza que as coisas poderão melhorar, pois se essa mentalidade for generalizada, o nosso bairro ficará melhor, a nossa freguesia também, o nosso município também e consequentemente o nosso país também. Não esperem pelo Estado que cada vez é menor, menos interventivo e menos poderoso. Se continuarmos com este tipo de politicas, para termos as coisas resolvidas, na maior parte das vezes, temos contar connosco, com a família, amigos, vizinhos, a comunidade envolvente. Temos de voltar a um associativismo social activo que promova o desenvolvimento local nos mais variados níveis (desportivo, educacional, apoio social, etc...) temos de cativar os jovens que se encontram desmotivados e dar-lhes poder de iniciativa e responsabilidades. É neste sentido que caminhamos e não nos podemos alhear desta realidade.