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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Hoje em dia é cada vez mais dificil confiar nas outras pessoas. Ter boa fé logo à partida quando se conhece alguém, ou até mesmo já passado algum tempo de convívio há sempre reservas e barreiras que permanecem e impedem de saber até que ponto se pode falar de coisas pessoais e partilhar alguma intimidade.
Isto é resultado da sociedade actual que nos brinda com desilusões/decepções ao longo da nossa experiência de vida e que nos transforma cada vez mais a personalidade para um estado mais fechado em nós mesmos e com "armaduras" inexpugnáveis.
Será boa essa nossa defesa? No aspecto em que nos protege mais emocionalmente de dissabores pode-se dizer que é positiva. Mas viver sempre com receio de confiar, de partilhar, acho que nos torna cada vez mais cinzentos e tristes com "caixas" de histórias por contar e muitas vezes mal resolvidas que deveríamos libertar e não temos ninguém em que confiar porque afastamos as pessoas com as nossas defesas...fica-se com um peso na alma e uma angústia que nos consome.
Solução? Encontrar bons amigos e estimá-los ao longo do tempo com reciprocidade e respeito, com amizade e franqueza, não os desiludindo e a pouco e pouco as barreiras caem e as coisas tornam-se mais claras e simples.
Esta é a minha ideia e desafio para um ponto de esforço para todos neste ano que vai entar.
Hoje em dia as pessoas tentam cada vez mais desresponsabilizar-se das suas acções. Tudo tem uma explicação externa e a culpa é diluída por outros agentes/factores e raramente, ou nunca, é assumida por quem faz ou toma as atitudes menos correctas. Ou porque tiveram azar, ou porque o governo não lhes dá oportunidades, ou porque tiveram uma infância infeliz, ou porque os outros é que os levaram a tomar certas medidas etc... Tudo isto bem argumentado pode dar desculpas para uma infinidade de acções que as pessoas tomam por vezes de ânimo leve, porque na sua consciência são "obrigadas" a isso, devido aos "factores externos".
Ora, se tivessemos a falar de crianças ou jovens, até poderíamos desculpar ou compreender que o instinto de "sobrevivência" e de defesa leva a que tentem escapar aos castigos/punições por parte dos pais, encarregados de educação, professores, educadores etc.. e como tal argumentam tudo o que lhes vem à cabeça para se "safarem". Mas infelizmente não, estou a falar de adultos de várias idades, de diferentes camadas sociais, que se justificam da mesma forma.
Eu acho que há um primeiro momento em que se tem consciência do erro, mas que depois um mecanismo de autodefesa que é introduzido pela nossa experiência social, começa a justificar a acção, por exemplo: "não devia ter feito aquilo, mas também os outros fazem..." ou então "estou arrependido, mas o que é que eu poderia fazer não tinha alternativa..." ou ainda "que se lixe, se não fosse eu era outro..." ou pior "Se não fizesse isto ainda me chamavam de parvo..." e depois interiorizamos de tal forma isto que acreditamos que a nossa acção é correcta e que estamos cheios de razão.
Eu sugiro que as pessoas assumam as suas acções, não só aqueles que detêm cargos de responsabilidade (o que seria muito bom para a sua própria credibilidade), como os comuns cidadãos que circulam e interagem na sociedade. Se assim for, concerteza que as coisas serão muito mais transparentes, bem definidas e com muito menos mal-entendidos.
Da minha parte, se erro e dou por isso, peço desculpa e digo mea culpa. Não há problema nenhum, é normal errarmos de vez em quando. Mas também se faço algo de bom gosto que me felicitem e me dêm mérito por isso. Ou seja, o assumir os nossos comportamentos tem de funcionar para o bom e o mau e não só para o lado mais conveniente.
A imperfeição faz parte da nossa condição humana, cabe a nós próprios corrigir o que fazemos mal e tentar melhorar.
Hoje em dia vejo pouca televisão, mas confesso que já gostei mais de o fazer.
Aesar de ter assinatura com uma empresa de "Serviços de TV" com mais de 80 canais, acho que acabo sempre por ver programas nos mesmos 8 a 10 canais e os outros são para passar o tempo a fazer zaping.
Antes de haver o "boom" dos serviços de TV por cabo e satélite, o zaping não fazia muito sentido, ainda mais se o aparelho não tinha comando à distância, por isso era bom encontrar logo um programa que agradasse a toda a familia pelo menos nas próximas 2 horas, para ninguém precisar de levantar o rabo do sofá e mudar de canal.
Mas o "fenómeno" do zaping está definitivamente lançado nos dias de hoje devendo o seu sucesso aos inúmeros canais que muita gente dispõe no seu televisor e aos comandos à distância que todos os aparelhos têm actualmente.
Na minha opinião, o zaping pode reflectir três coisas fundamentais:
1- Os programas não agradam;
2 - Estamos demasiados cansados para prestar atenção a qualquer programa em especial;
3 - Fazemos por divertimento, como se as imagens de TV de slides se tratassem.
No meu caso, como disse vejo pouca Televisão, sigo apenas 2 ou 3 séries, vejo alguns filmes, notícias e documentários, alguns jogos de futebol ou outro desporto que gosto. Todavia confesso que faço muita vez zaping á "pesca" de qualquer programa que me desperte interesse. Além disso quando tenho o comando na mão, mudo de canal, controlo o volume, ligo e desligo quando me apetece, ou ainda uso funcionalidades mais evoluídas como o brilho, contraste, luminosidade e sintonia... o Poder é meu :)
PS - Por altura desta quadra ainda procurei em vários "Zappings" o filme "Sózinho em casa" nos vários canais nacionais, mas confesso que não vi se deu ou não este ano pelo 20 ano consecutivo :P:P:P. Deparei, no entanto, com muitos circos e mais circos e ainda dei de caras com John Mclane (Bruce Willis ainda com muito cabelo) no célebre "Assalto ao arranha-céus".