Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Após uma longa ausência é sempre dificil encontrar o tema certo para reactivar um blog que se encontrava adormecido há mais de um ano. Durante este período de interregno tive várias vezes tentado em escrever nesta página online, mas por preguiça ou desinspiração acabava por não o fazer.
Também tentei a via literária e, após tanto livros lidos, resolvi escrever uma "obra" minha e enviar para alguns concursos patrocinados por algumas Câmaras Municipais do país, porém a minha tentativa foi em vão. Talvez não tenha jeito para escrever ou talvez haja muitas pessoas com mais imaginação e inspiração que eu, ou talvez as duas coisas ao mesmo tempo.
Independentemente das razões, o facto é que não tive sucesso, mas também o que é que eu queria? Um prémiozinho logo na primeira tentativa? Não sou assim tão extraordinário, genioso e inventivo que fosse "tocado" por uma imaginação fértil e uma escrita atraente que me levasse rumo ao sucesso, rumo a um best-seller, porque não, rumo a um prémio Nobel. Já me estava a ver a discursar na cerimónia de entrega desse tão cobiçado troféu, recorrendo às palavras certas e a metáforas inteligentes que causassem espanto e admiração a uma plateia cheia de ilustres personalidades, alertando para as causas nobres em defesa do planeta e da humanidade: Aquecimento global, guerras que persistem sem razão, capitalismo desenfreado, erradicação da pobreza, etc.
Sempre achei que sou especial, mas penso que isso achamos todos e, ao mesmo tempo, todos temos razão. Somos especiais.Para muitos ou para poucos, mas sempre para alguém. Por isso, quando fazemos qualquer coisa, pensamos que é correcta, é perfeita e temos esperança que os outros reconheçam esse valor. Porém, como quase todos pensam desta maneira há sempre desilusões, porque todos fazem coisas que até podem estar correctas, mas que são coisas normais, medianas, mais ou menos simples, mais ou menos engenhosas, mas apenas alguns se destacam (seja em que campo for: literário, desportivo, artístico, profissional, etc...). A esses chamamos de Eleitos. Aqueles que conseguem que o seu trabalho seja reconhecido socialmente, nacionalmente e internacionalmente, ou seja, nos vários níveis da "Eleição por excelência". Saramago, conseguiu, Eusébio conseguiu, Amália conseguiu, Mourinho já conseguiu e continua a conseguir.
Naturalmente há áreas em que o destaque é mais mediático e os casos que atrás menciono são exemplo disso. Mas existem médicos e cirurgiões de eleição, pilotos de eleição, cozinheiros de eleição, mecânicos de eleição, enfermeiros, gestores, técnicos que são excelentes no que fazem e são reconhecidos pelas pessoas que trabalham e lidam com eles.
Penso que o grande desafio é procurar onde somos excelentes e nunca desistir nos primeiros obstáculos que surgem e mesmo que nunca consigamos atingir o nível de excelência, pelo menos que desempenhemos os nossos papeis na sociedade ao nível do BOM. Um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, um bom profissional, um bom cidadão. Falta só decidir quais o parâmetros do BOM, mas isso depende não só da sociedade onde estamos inseridos, mas acima de tudo, de uma consciência sã... o que já não é MAU :-).