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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Hoje comemora-se o dia dos namorados "Saint Valentine's day". Uma moda mais conhecida em Portugal, desde há alguns anos, graças à importação de filmes norte-americanos, país esse que celebra muito esta data. Temos também o exemplo do Halloween que, hoje em dia, já se vem celebrando e que também foi (está a ser) de alguma forma adoptado pela nossa cultura, com a possibilidade de vir a substituir o "nosso" Pão por Deus a médio prazo. Entretanto, enquanto as culturas se sobrepõem, corremos o risco de criancinhas mascaradas nos pedirem doces à noite (halloween) com a célebre frase "doçura ou travessura" e depois no outro dia de manhã vêm sem estar mascaradas solicitarem o "Pão por Deus". Aconselho por isso, nestas datas a se reforçarem com muitos rebuçados e frutos secos.
Mas hoje é dia dos namorados e, como tal, há troca de mensagens amorosas, presentes, flores, chocolates, jantares românticos e outras prendas mais ou menos dispendiosas, dependendo da disponibilidade financeira de cada um. Tudo muito bem. Mas há uma coisa que me preocupa nos namoros de hoje em dia, sobretudo nas camadas mais jovens, que é a violência no namoro (principalmente porque tenho 3 filhos). Por acaso, e também devido há data de hoje, veio publicado um artigo no jornal "Metro" que informa que apenas 9% das vitimas de violência no namoro (adolescentes) apresentam queixa, pois receiam que sejam culpabilizados, por vergonha ou que os pais os castiguem ou os proíbam desse namoro.
Isto é perigoso, dado que normalmente estes casos têm tendência a agravar-se e se não for cortado o mal pela raiz as coisas podem atingir proporções mais graves. Como sabemos, ainda hoje em dia a estatística de violência doméstica em Portugal é elevada, (normalmente sobre mulheres e crianças, mas também em alguns homens) quer seja física ou psicológica causam danos muito profundos a quem é vitima, inclusive a morte. E receio que em tempos de crise este fenómeno social aumente devido ao desespero, falta de apoio social, desemprego, acompanhamento especializado num grande número de famílias portuguesas e demora na denúncia e na actuação das autoridades.
Por tudo isto, penso que é necessário estar atento aos sinais dos nossos adolescentes e ter um dialogo franco e aberto sobre os problemas que os afectam. No fundo um acompanhamento sem dar muito nas vistas, nem ser demasiado controlado, mas sempre presente.
PS - Qualquer dia comemoramos o Dia de Acção de Graças e o 4 de Julho. Acabamos com os nossos feriados e festejamos os dos outros :) :):)