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Nacionalismo vs integração

por Antonovsky, em 06.01.13

Intriga-me como actualmente se tenta unir países como se unem empresas? Mesmo as organizações que possuem uma cultura forte e bem vincada nos seus funcionários, nos seus procedimentos e nas suas politicas, são difíceis de agregar/fundir com outras empresas/instituições, passando por processos muitas vezes dolorosos, como é que querem unir países do velho continente, cheios de vícios, com tantos anos de história, de rivalidades, de diferentes culturas e línguas, de guerras entre si, de uma forma rápida sem convulsões, sem protestos, sem nacionalismos virem ao de cima? (no último alargamento foram cerca de 10 países que entraram na UE) Vejamos os exemplos da Catalunha, e agora mais recentemente da Irlanda do Norte. Mesmo pequenos estados e/ou regiões querem a sua autonomia. têm uma cultura vincada de tal forma que preferem seguir um caminho diferente, uma certa independência em relação ao seu país.

A UE, ganhou o prémio Nobel da Paz, porque foi até agora a unica missão que não tem fracassado, de resto há ainda muito caminho a percorrer e de uma forma que deve ser sustentada, assimilada pelas populações, institucionalizada em organismos comuns e de uma maneira equitativa para todos os membros da União. Ora, isto deve levar gerações para aprofundar, enraizar, de modo que a situação que resulte (se resultar) numa Federação de Estados da Europa seja algo que perdure e não algo efémero, desigual, "atamancado".

Há sempre uma decisão que tem de ser tomada: Evoluir para uma Federação ou recuar e manter apenas uma União económica, deixando cair mesmo a monetária? 

Acho que primeiro temos de consolidar os países de uma forma igual, prepará-los para os desafios vindouros e só depois congregar esforços únicos, para que não haja "várias europas" distintas pelas velocidades de desenvolvimento, estatuto social das populações, endividamentos diferentes, etc, etc. No novo paradigma actual os países europeus, envelhecidos, não têm capacidade (mesmo os mais desenvolvidos) para concorrer com China, Rússia, Brasil, Índia ou EUA. A Europa tem de se unir de uma forma sustentada, civilizada, preparada para os seus cidadãos e com um sentido único e não cada um a puxar por si, para a sua "quinta". Os governos de cada estado-membro e as instituições europeias têm de decidir o caminho o mais depressa possível para que esta crise seja ultrapassada e definir objectivos futuros com politicas concertadas e objectivas: Haja para isso LIDERANÇA e estadistas/políticos capazes de o realizar.

 

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publicado às 17:00


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