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Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optámos de determinada maneira. Podemos responder de duas maneiras: Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente: Cá por coisas...
Hoje foi o dia de fazer contas. após a publicação das tão aguardadas tabelas de IRS para 2013, toda a gente se pôs a fazer contas. Calculadoras, ficheiros excell ou um simples papel e caneta e toca a fazer as contas. Ainda surgiram alguns simuladores online, mas parecem que nunca estão adaptados à nossa realidade.
Seja como for, todos sabemos que a certeza, certeza, só a vamos ter lá para Março, pois o recibo de Janeiro ainda não vem acertado com estas novas percentagens, depois em Fevereiro vem o acerto com o desconto a "dobrar" e finalmente em Março deverá vir o montante da remuneração "limpo" de acertos do estilo: tira daqui, põe dali, corta daqui, sobretaxa do outro lado.
Enfim, o que eu acho, é que não me parece que iremos ficar a ganhar seja lá o resultado que der nas nossas contas, pois tudo será diluído no próprio aumento do custo de vida.
Depois das festividades que encerram um ano "velho" voltam as rotinas diárias da escola, trabalho e outras actividades que possamos frequentar ou assistir.
Este ano de 2012, já se sabe que vai ser dificil, em especial para Portugal e para os portugueses. O desemprego ultrapassou hoje à barreira dos 13%, atingindo um novo máximo histórico, o que é muito para um país tão pequeno como o nosso. Em consequência disto, o número de familias que pede assistência à Deco devido ao seu enorme endividamento continua a subir e de acordo com notícias de hoje (dia de Reis) existem mais famílias insolventes que empresas. Penso que isto não espanta ninguém, dado que há muito mais familias que empresas e uma empresa em insolvência afecta, por vezes um grande número de familias.
Isto tudo, para dizer que por vezes é bom ter rotinas, pois é sinal que temos um trabalho, um emprego, que por vezes nos chateia e nos traz alguns problemas, com chefias, colegas, clientes, fornecedores, que nos obriga a levantar cedo quando não apetece, que nos leva a ficar depois da hora de saída quando já temos "coisas" combinadas, mas acima de tudo proporciona a remuneração necessária (às vezes curta) para que possamos nos sustentar, assegurando a nossa independência económica ou pelo menos "sobreviver".
Sinceramente espero que este ano seja, de facto, o ano em que os sacrificios atingiram o máximo (sem mais surpresas) e que 2013 seja de recuperação. Nem que seja muito lenta, mas que aconteça para o bem de todos. Temos de ter fé.
Meus amigos, com tantos anos de recessão económica ou (quando muito) de crescimento económico anémico, já não faço a mínima ideia do que poderá ser considerado Sinais Exteriores de Riqueza. A obsessão do cumprimento do défice e controlo da inflação, evitando a todo o custo derrapagens que iriam prejudicar o país com castigos aplicados pela Troika, faz com que os Governos dos últimos anos tentem procurar nos seus cidadãos fontes de rendimento para colmatar esta situação.
Eu neste momento estou confuso se comprar três Tshirts por 10€ nos saldos e seis pares de meias turcas brancas com duas raquetes cruzadas por 5€ na feira...quero dizer, "Botique Alcofa" será que terei de declarar alguma coisa?
É claro que estou a dramatizar a situação, mas isto remete para uma dúvida existêncial: Se pagamos pelos sinais exteriores de riqueza, será que podemos receber quando mostrarmos Sinais Exteriores de Pobreza?
As notícias do crédito mal parado a aumentar é um sinal, mas há muitos outros, por exemplo se forem na auto-estrada começam a notar que há cada vez mais carros "empanados" nas bermas á espera do reboque. Eu associo a isso ao adiar das revisões mecânicas para quando houver uma melhor oportunidade financeira, só que os meses vão passando e as peças desgastam-se e os automóveis têm um péssimo timing para recusar a obedecer. Já tinham pensado nisso? Ou sou eu que estou a pensar nisto...Cá por coisas?