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Os nossos Cavalos de Batalha

por Antonovsky, em 13.02.21

Por vezes estamos tão determinados em fazer ver o nosso ponto de vista, que nos debatemos com determinadas situações que nos desgastam em demasia e que não nos trazem qualquer benefício. Apenas por teimosia ou por vontade de fazer valer as nossas opiniões, perdemos tempo com discussões inúteis e infrutíferas, criando mal-estar com os outros, pondo mesmo em causa relações interpessoais de muito tempo sem qualquer necessidade.
Esses autênticos “cavalos de batalha” que construímos devem ser refreados até ser analisado se o assunto, tema ou situação valerá a pena o esforço. Existem tantas coisas que nos preocupam, que algumas temos de relativizar, caso contrário andamos sempre mal-humorados, em hipervigilância e prontos para responder de forma agressiva. Até porque, cá para nós que ninguém nos ouve, nem sempre temos razão.
Por isso, há que ponderar bem as coisas e analisar se o desgaste, as chatices e as consequências serão inferiores ao benefício que iremos alcançar. Os “cavalos de batalha” trazem custos, por vezes insónias, dores de estômago e irritação constante, devendo ser chamados ao terreno apenas quando o objetivo a alcançar é importante para nós.
Não estou a dizer que nos devemos acomodar ou deixar de opinar, nada disso. Simplesmente, penso que não devemos gastar energias em assuntos de menor importância quando existem muitos outros que nos interessam e que podem contribuir para o nosso bem-estar. Nós podemos ficar com a nossa opinião ou ideia e os outros com as deles, não há necessidade de confronto.
É neste âmbito que surge a tolerância, tentar entender os outros, perceber o porquê dos seus comportamentos e se possível colocarmo-nos no seu lugar. Só que este exercício requer tempo de análise e atualmente não há tempo… para ter tempo. As respostas são imediatas, quase instintivas e sem reflexão e, por isso, surgem discussões, mal-entendidos e saem os cavalos de batalha de cada um para os terrenos, sem necessidade, nem racionalidade, consumindo as energias tão valiosas para outras demandas.
Se o objetivo da maior parte das pessoas é ser feliz, devemos focar-nos no que realmente interessa e aí sim, lutar condignamente, sem receios, com Motivação, com Inteligência, com Competência e a com nossa Força… são estes os nomes dos nossos Cavalos de Batalha que devemos desenvolver, alimentar e poupar para os desafios que são importantes para nós.

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publicado às 18:42


A Gestão do Tempo

por Antonovsky, em 12.02.21

Dizem que o tempo é das coisas mais democráticas do mundo porque é distribuído de igual forma por todos, independentemente da posição social, nacionalidade, ideologia, etc. Mas desconfio que o tempo nos engana e nos faz partidas, talvez ele tenha mesmo mau feitio.

Finge ser constante, mas não é. O tempo tem diferentes ritmos na nossa vida e penso que faz isso propositadamente. Se queremos que passe depressa, ele abranda, se queremos que passe devagar, acelera. Não tenho dúvida disto, pois a grande maioria de nós tem a noção que o tempo passa mais devagar quando somos crianças e queremos crescer, desempenhar a profissão que sonhamos ser, conduzir um automóvel, ter liberdade e autonomia para sair com os amigos. Também na escola quando queríamos que as aulas acabassem rapidamente e começassem as férias e, por vezes, até as férias grandes pareciam muito longas, já para não falar dos dias que antecediam o Natal que eram bem lentos e demorados com as prendas junto à árvore a desafiarem constantemente o nosso espírito aventureiro e engenhoso para abri-las sem os pais saberem.

Mas também todos temos a sensação que o tempo passa depressa demais quando há um trabalho para apresentar num determinado prazo, quando temos um transporte para apanhar, quando o trânsito não nos deixa chegar onde temos de estar a determinadas horas.

Porém, apesar destes exemplos pontuais referidos, acho que a partir de uma determinada idade, os minutos de cada hora encurtam, assim como as horas de cada dia, os dias de cada semana, as semanas de cada mês e os meses de cada ano. Acho que a partir dos vinte cinco, trinta anos o tempo acelera, finta-nos, distrai-nos e envelhece-nos muito depressa. Leva-nos o cabelo ou pinta-o de branco, acrescenta-nos umas rugas e, por vezes, umas cicatrizes, umas delas físicas, outras na alma. Mas também dizem que o tempo é a melhor cura, que tudo suaviza à sua passagem.

Existem cursos de “Gestão do Tempo” em muitas variantes, de modo a permitir que este não nos engane tanto e talvez ajude a compreender porque há pessoas que conseguem fazer muitas coisas num determinado período de tempo e outras não. Penso que terá a ver com a organização, o método, a priorização das tarefas de uma forma lógica que consegue maximizar a eficiência e faz parecer que o tempo estica.

Por tudo isto devemos aproveitar bem o tempo, saboreá-lo como uma boa refeição, estabelecer objetivos de acordo com o que realmente é importante para nós. Não queremos chegar a um determinado período da nossa vida, quando o nosso tempo limite escasseia, olharmos para trás e perguntamo-nos: Porque é que não fiz aquela viagem? Porque não aceitei aquele emprego? Porque não pedi desculpa? Porque não disse o que pensei ou agi como devia?

Ao contrário do que nos parece, o tempo é constante e tem os mesmos minutos, horas, dias, meses e anos há muito, muito… tempo.

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publicado às 17:12


O lado B da Vida ( B de Bom )

por Antonovsky, em 11.02.21

Voltei a escrever. Não que tenha deixado de o fazer, apenas não escrevia neste blog há mais de cinco anos. Foi como algo que temos na nossa arrecadação, sótão ou garagem e que redescobrimos entre livros com as folhas amarelecidas e brinquedos velhos cheios de pó que tanto nos entretinham quando éramos crianças.  

Não sei porque deixei de escrever aqui, não sei porque voltei agora. Talvez porque tenha encontrado tempo para isso, inspiração ou, porque nestes tempos estranhos que vivemos, lembrei-me deste espaço para exprimir e partilhar algumas ideias e pensamentos. 

Por isso, neste post de regresso, quero falar de coisas boas e positivas. Quero lembrar a família, os amigos, os colegas, as pessoas que gostam de nós, que nos apoiam e ajudam no dia-a-dia. Aqueles que sabemos que quando precisamos estão disponíveis, aqueles a quem não necessitamos dizer nada e nos entendem pelas nossas acções, gestos e expressões do rosto, mesmo que nós tentemos disfarçar.

Quero lembrar os pais, as mãos que nos ampararam quando demos os primeiros passos, que nos ajudaram a atravessar as estradas, que nos guiavam pelos passeios, nos abraçavam quando tínhamos pesadelos e cuidavam de nós quando estávamos doentes. Da segurança que nos transmitiam e faziam do nosso mundo, um mundo seguro onde as coisas más acontecem muito longe.

Quero lembrar os irmãos, os primos, os amigos que brincavam e brigavam connosco, discutíamos muito, mas no instante seguinte já estávamos a rir. A bicicleta, a rua, a bola, o bairro, a escola, os joelhos esfolados e os risos desdentados. Algo que agora parece muito distante, mas muito real e presente na memória.

Quero lembrar os colegas que nos ajudam no trabalho, com quem fazemos uma verdadeira equipa, que quando precisamos asseguram o nosso turno, que nos acompanham uma grande parte da nossa vida e enfrentam os mesmos problemas e partilham as mesmas situações.

Quero lembrar as festas com amigos, com a família, os almoços e jantares, os passeios, as viagens, os encontros de antigos alunos onde se recordam as histórias de décadas atrás e nos rimos como se tivessem acontecido ontem.

Quero lembrar aqueles que dão o seu tempo a causas sociais, em associações humanitárias ajudando quem precisa dando um pouco de si. Aqueles que em sociedades recreativas ou clubes amadores, encaminham os jovens para a cultura e o desporto, para uma vida saudável, para um convívio salutar na sociedade. Aqueles que lutam pelo meio ambiente e pela natureza, tantas vezes descurada por todos.

Porquê lembrar isto? Porque enquanto houver amor, amizade, solidariedade, cidadania, entreajuda, há esperança na humanidade. Todos os dias há exemplos deste Lado Bom, em muito maior número que o lado mau, porém, é este último que faz mais ruído, que causa mais impacto e inunda os meios de comunicação social fazendo crer que o caos e o medo impera.

Somos melhor que isso. Vale a pena acreditar. Vale a pena agir. Vale a pena viver. 

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publicado às 15:44


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